Maria Júlia da Conceição Nazaré
Maria Júlia da Conceição Nazaré, (Salvador, 1910) Iyalorixá do Candomblé que após uma disputa pelo cargo da Casa Branca do Engenho Velho saiu dessa casa e em 1849 fundou o Ilê Iya Omin Axé Iyamassê (Terreiro do Gantois).
A disputa pelo Engenho Velho
Iyá Nassô uma das fundadoras do Ilè Asé Airá Intilè também chamado de Candomblé da Barroquinha, localizado no bairro da Barroquinha, depois Ilé Iya Nassô Oká, foi sucedida por Iyá Marcelina. Após a morte desta, duas das suas filhas, Maria Júlia da Conceição e Maria Júlia Figueiredo, disputaram a chefia do candomblé, cabendo à Maria Júlia Figueiredo que era a substituta legal (Iyá Kekeré) tomar a posse de Iyálorixá do Terreiro. Maria Júlia da Conceição afastou-se com as demais discidentes e fundaram o (Terreiro do Gantois).
Pulchéria Maria da Conceição
Pulchéria Maria da Conceição Nazaré ou Mãe Pulchéria, (1840-1918), foi a segunda Iyálorixá do Terreiro do Gantois.
Biografia
Sucessora de Maria Júlia da Conceição Nazaré, como não teve filhos, o cargo foi transmitido em 1918 para sua sobrinha, Maria da Glória Nazareth a mãe carnal de Mãe Menininha do Gantois.
Sua mãe, Maria Júlia, moradora da antiga rua da Assembleia, no atual Centro Histórico de Salvador, pertencia ao Candomblé da Barroquinha (depois transferido para o Engenho Velho com o nome de Ilé Iya Nassô Oká) e, tendo sido preterida na sucessão da casa, resolvera fundar sua própria, onde hoje fica a Federação, em terreno alugado por seu pai, Francisco. Era o terreiro do Gantois - nome derivado da família belga de traficantes de escravosque era dona do local.
Pulchéria assumiu o Gantois no ano de 1910, ampliando os trabalhos iniciados pela mãe. Frequentava o Gantois, neste período, o célebre médico Nina Rodrigues, vindo posteriormente a se tornar ogã. Além dele, Pulchéria conseguiu ampliar os trabalhos e dar grande notoriedade ao Gantois, tendo mais tarde registrado o jornal O Estado da Bahia, depoimento de Severiano Manoel de Abreu (o Jubiabá do romance de Jorge Amado) que "Pulcheria, Nana e Nicácio tiveram as suas roças frequentadas por destacadas figuras sociais da cidade, políticos eminentes, secretários de governos passados, etc., durante os dias de festa, rodeando as camarinhas onde as filhas de “Xangô”, “Oxalá” e “Oxóssi” faziam o seu noviciado com filhas de santo, trajando de branco e de cabeça rapada"
Segundo ainda o mesmo jornal, no Gantois o "terreiro da Pulchéria" continuou, mesmo após sua morte, a ter este nome como reconhecimento junto ao grande público. Assim foi que, a 26 de maio de 1937, publicou O Estado da Bahia, a seguinte nota:Um novo “terreiro” no GantoisSerá lançada manhã, às cinco horas da tarde, a pedra fundamental do novo “terreiro” do Gantois, ampliando a construção antiga.Fará essa festa, os “Ogãs” e as pessoas gradas do candomblé estão convidando todos os seus amigos.Depois dessa cerimônia, começará a festa no velho “terreiro” da Pulcheria, pela noite a dentro.
Maria da Glória Nazareth
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Maria da Glória Nazareth (1920) foi a terceira Iyálorixá do Terreiro do Gantois
Foi a sucessora de Pulchéria Maria da Conceição e foi sucedida no cargo em 1922 por sua filha carnal Mãe Menininha do Gantois.
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