quarta-feira, 6 de junho de 2012

FALANDO SOBRE MEDIUNIDADE - PARTE 17

Curso Básico sobre Mediunidade 
União Espírita Mineira

II - Natureza da Mediunidade 

1 - INTRODUÇÃO: 

“Todos os homens são médiuns, todos tem um espírito que os dirige para o bem, quando sabem escutá-los” (1) 

“Organizamos turmas compactas de aprendizes para a reencarnação. Médiuns e doutrinadores saem daqui às centenas, anualmente”.(2) 

“Ninguém pode avançar livremente para o amanhã sem solver os compromissos de ontem. Por este motivo, Pedro traz consigo aflitiva mediunidade de provação. É da Lei que ninguém se emancipe sem pagar o que deve”.(3) 

2 - CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A NATUREZA: 

Fácil observar-se que a mediunidade, embora una em sua essência (faculdade que permite ao homem encarnado entrar em relação com os espíritos), não o é quanto a sua natureza, ou razão de ser; variando de indivíduo para indivíduo. 

Assim, destacamos: 

MEDIUNIDADE PRÓPRIA OU NATURAL - Edgard Armond a define: “À medida que evolui e se moraliza, o indivíduo adquire faculdade psíquica e aumenta conseqüentemente sua percepção espiritual. A isso denominamos mediunidade natural. (4)”. 

MEDIUNIDADE DE PROVA OU TRABALHO - Faculdade oferecida ao indivíduo, em caráter precário, como uma tarefa a desenvolver, quando encarnado, com vistas à sua melhoria espiritual e a de seus semelhantes. 

Preparado adredemente no plano espiritual, o médium, ao reencarnar tem, no exercício mediúnico, abençoada oportunidade de trabalho. 

MEDIUNIDADE DE EXPIAÇÃO - Há determinadas pessoas compromissadas grandemente em virtude do mau uso de seu livre-arbítrio anterior (em passadas existências), a sensibilidade psíquica aguçada é imposta ao médium como oportunidade para ressarcimento de seus atos menos felizes do pretérito com vistas à sua libertação futura. 

Esta mediunidade se manifesta à revelia da criatura e comumente lhe causa sofrimentos aos quais não se pode furtar. 

A sua forma de manifestação mais comum é a obsessão que pode atingir até o estagio de subjugação. 

MÉDIUNS MISSIONÁRIOS - Convém lembrar que, além dos aspectos acima referidos, excepcionalmente podemos encontrar médiuns que são verdadeiramente missionários do plano espiritual, entre os homens, os quais, pelos seus elevados dotes morais e espirituais, se tornam, a título de testemunho, em instrumentos da vontade Divina, em favor da humanidade. 

3 - ASPECTOS DA MEDIUNIDADE PRÓPRIA OU NATURAL:

A sensibilidade mediúnica oriunda do trabalho perseverante do espírito é resultado de seu próprio esforço. 

Como toda conquista espiritual, demanda perseverança e seu aperfeiçoamento se faz através das reencarnações, seguidas de idêntico empenho no plano espiritual. 

Conquistada essa sensibilidade, transforma-se num atributo do espírito - patrimônio intransferível de sua individualidade. 

Isenta dos percalços naturais, inerentes às provas e expiações, a sensibilidade psíquica conquistada é de caráter definitivo.O seu exercício não acarreta sofrimentos e permite o intercâmbio espontâneo com as entidades espirituais, sem necessidade do trabalho mediúnico de caráter obrigatório. 

Por estar ao alcance de todos, paulatinamente, caminhamos para a conquista deste atributo, através do qual contaremos com maiores recursos de identificação com o plano espiritual. 

A expressão fenomênica característica das demais manifestações mediúnicas cede lugar a INTUIÇÃO pura e simples e as incursões da alma no plano extra-físico. A sua característica principal é, portanto, a INTUIÇÃO.


4 - ASPECTOS DA MEDIUNIDADE DE PROVA OU TRABALHO: 

A sensibilidade mediúnica é concedida como uma oportunidade de trabalho para a criatura. 

Conferida em caráter transitório, por empréstimo, segundo programação no plano espiritual, antes do reencarne do médium, pode ser suspensa por iniciativa da própria espiritualidade, consoante o uso que dela fizer. 

Seu despertar é quase sempre cercado de recursos alertadores, com vistas à segura orientação do médium. 

Respeitado o livre-arbítrio do médium, este pode ou não atender ao compromisso assumido na espiritualidade. Dispondo-se ao exercício mediúnico, além do aprendizado natural e excelente oportunidade de serviço, conta o médium com possibilidades de reajustar-se frente aos problemas de seu passado. Recusando-se ao trabalho, no entanto, normalmente, retorna ao plano espiritual mais compromissado, em virtude do menosprezo da oportunidade que lhe foi concedida. 

5 - ASPECTOS DA MEDIUNIDADE DE EXPIAÇÃO:

A sensibilidade mediúnica é imposta ao médium para reajustes necessários, determinados pelos seus atos menos dignos do passado de culpas.Manifesta-se independente da vontade atual do médium e muitas vezes à sua própria revelia. Pelo seu caráter expiatório, pode cercar-se de determinados sofrimentos físico-psíquicos, que serão amenizados, ou mesmo eliminados pela perseverança do seu portador no trabalho mediúnico, dentro da seara cristã. 

Independente de qualquer iniciativa visando ao seu desenvolvimento, a mediunidade surge, nem sempre branda, às vezes, violentamente, surpreendendo o próprio médium e aqueles que o cercam. 

Tão logo surja esta manifestação, deve o médium ingressar numa reunião de EDUCAÇÃO MEDIÚNICA para melhor capacitar-se no devido controle de suas faculdades, com vistas ao seu exercício cristão. 

Comumente manifesta-se sob o aspecto de obsessão e, se o médium não busca os recursos evangélico-doutrinários indispensáveis a sua auto-educação, pode cair nas tramas da subjugação . 

6 - REFERÊNCIAS: 

(1) “O Livro dos Médiuns” - FEB - 29ª edição - Rio de Janeiro 

(2) “Os Mensageiros” - FEB - 4ª edição - Rio de Janeiro. 

(3) “Nos Domínios da Mediunidade” - FEB - 2ª edição - Rio de Janeiro. 

(4) “Mediunidade” - LAKE - 9ª edição - São Paulo. 

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