41- Qual o mecanismo do intercâmbio mediúnico e quais os princípios básicos em que se alicerça?
Para que um Espírito se comunique é preciso que se estabeleça a sintonia da mente encarnada com a desencarnada, mecanismo básico que se desdobra de acordo com o tipo de mediunidade, estado psíquico dos agentes passivo e ativo - valores espirituais etc. Sintonizado o médium com o comunicante, o pensamento deste se exterioriza através do campo físico daquele, em forma de mensagem grafada ou audível. O processo mediúnico se alicerça na sintonia das mentes, sem o que não pode haver a comunicação.
42- Para exercer mais conscientemente a sua tarefa, o que o médium deve conhecer do Plano Espiritual e das leis que o regem?
O Plano Espiritual não compreende uma determinada região limitada no espaço, logo os Espíritos encontram-se em toda parte, agrupando-se por laços de afinidade. Cabe ao médium manter-se sempre em vigilância para não entrar em sintonia com as entidades em desequilíbrio, o que poderá acontecer, a qualquer momento e em qualquer lugar em que se encontre.
43- O estudo acerca da casa mental pode auxiliar o médium no exercício de sua mediunidade?
Sim. É de grande importância para o melhor desempenho de sua tarefa. Sabemos que na estruturação do nosso campo mental, todas as experiências adquiridas até a última existência se sedimentam no plano do subconsciente.
Que as experiências da vida atual são anotadas no plano do consciente e que nossas ideações futuras vigem no superconsciente.
Quando o encarnado entra em transe, o comunicante necessita encontrar na sua mente recursos para se externar e, por isso, quanto mais o médium amplia os seus conhecimentos, maior possibilidade oferece à entidade para externar a sua mensagem e quanto maior o esforço em educar-se intimamente, maior a facilidade para controlar o Espírito, mesmo durante o transe.
44- Qual a interferência dos reflexos condicionados no intercâmbio mediúnico?
A presença, a mensagem ou experiências do Espírito comunicante podem acionar no subconsciente do médium reflexos do seu passado, os quais comumente, interferem na comunicação. Por exemplo: ao se ver frente a uma entidade ligada ao seu passado de dor, o médium pode externar aspectos de sofrimento que não mais existem, mas que estão arquivados no subconsciente e que afloram, durante o transe, com a presença daquele irmão que compartilhou as referidas experiências.
45- Como explicar a sintonia vibratória de um Espírito conturbado com um médium equilibrado e em estado de confiança em Deus?
O médium em equilíbrio busca sintonizar com o Espírito conturbado, pelo desejo de ajudar. Se a diferença vibratória entre ambos é muito acentuada, os guias espirituais auxiliam o comunicante, através de passes, para que eleve, ainda que em parte, o seu padrão vibratório e com isto facilite a sintonia com o médium, para a comunicação.
46- Como é possível ao médium controlar as manifestações dos Espíritos, mesmo violentos ou desequilibrados?
O pensamento do Espírito, antes de chegar ao cérebro físico do médium, passa pelo cérebro perispirítico, resultando disso a propriedade que tem o medianeiro, em tese, de fazer ou não fazer o que a entidade pretende. Quanto mais educar-se interiormente o médium, maior a dificuldade do Espírito em extravasar atitudes violentas ou desequilibradas.
47- Mesmo quando inconsciente, o médium é responsável pelo que ocorre durante as comunicações?
Na psicofonia sonambúlica, o médium cede com mais espontaneidade os seus implementos físicos para a comunicação do Espírito, mas afastado de seu corpo, é absolutamente consciente, daí a sua responsabilidade no controle do Espírito comunicante.
48- Qual a condição do médium na psicofonia consciente, na semiconsciente e na inconsciente?
Na psicofonia consciente o Espírito comunicante transmite, telepaticamente, às vezes, à distância, as suas idéias ao médium que as retrata com as suas próprias palavras.
Na semiconsciente, o Espírito comunicante, através do perispírito do médium, entra em contato com este, atuando sobre o campo da fala e outros centros motores.
Na inconsciente, afasta-se o Espírito do médium de seu próprio corpo, que mais livremente é utilizado pelo comunicante. Quando há inteira confiança entre ambos, é como se o médium entregasse um instrumento valioso às mãos de um artista emérito que o valoriza.
Se o comunicante é rebelde ou perverso, o médium, embora afastado, age na condição de um enfermeiro vigilante a controlar o doente.
49- Deve o médium inconsciente esforçar-se por se tornar consciente?
O médium deve esforçar-se sempre para ser consciente de suas elevadas responsabilidades, mas quando é portador da psicofonia sonambúlica, ou inconsciente, tendo neste campo assumido compromissos espirituais, dificilmente, modificará o curso de sua tarefa, a qual, nem por isso, deixará de ser meritória.
50- Por quê determinados médiuns extravasam no campo físico as impressões de desequilíbrio ou rebeldia dos Espíritos comunicantes?
Faltam-lhes ainda os valores da auto-educação evangélica, porém à medida que se esforçam no estudo, na prática do bem e na vivência evangélica, irão superando as dificuldades da prática mediúnica.
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