sexta-feira, 1 de junho de 2012

FALANDO SOBRE MEDIUNIDADE - PARTE 8

Mediunidade Autor: EDGARD AEMOND 


1. PERCEBENDO o DUPLO, a AURA e os CHACRAS 


No livro O Passe, Jacob Melo chama de tato-magnético ou registro psicotátil a  
capacidade do médium de, pesquisando a aura de outra pessoa, sentir e registrar, por diferença de vibração, as emanações fluídicas do seu perispírito. Diz ele que, “em linha geral, consiste no “tato-sem-tato” do médium sobre o corpo do paciente, normalmente com as mãos, a uma distância relativamente curta, sobre o que se convencionou chamar de “limites externos da alma”, o que, em média, dá um afastamento de uns 5 a 14 cm. 

“Como se faz? – Simples. Tal como no passe longitudinal, passa-se as mãos por sobre o paciente, lentamente, numa média de 15 a 25 segundos da cabeça aos pés, e, em vez de, mentalmente, liberar fluidos para o corpo daquele, aguça-se a sensibilidade magnética para perceber, pelas vibrações fluídicas, as emanações que o corpo físico e o perispiritual emitem.” 

“...alguns médiuns, em vez de sentirem os fluidos que vêm do paciente, fazem do corpo do paciente um “refletor fluídico”, onde ele projeta fluidos com o intuito de fazer o tato- magnético, e estes se refletem e retornam às suas mãos;” 

Como vemos, é possível sentirmos as vibrações da aura, dos chacras e do duplo com as mãos, onde temos pequenos chacras que são sensíveis às diferenças de frequência, temperatura, textura e densidade dos fluidos que nos circundam e às outras pessoas. 

Jacob acrescenta que “os passistas experientes nesta técnica, com uma ou duas passagens sobre o corpo do paciente, já detectam muitas e valiosas informações, mas as pessoas que ainda não têm domínio da experiência, nem sensibilidade “psicotátil” apurada, sentirão necessidade de experimentar mais vezes. O tempo e a prática continuada melhoram enormemente tal sensação e registro.” 

Ou seja, qualquer pessoa pode desenvolver esta percepção, esta sensibilidade psicotátil por meio de prática, atenção e persistência. E quanto mais pudermos experimentar com várias pessoas, em situações diferentes, mais subsídios teremos para fazermos comparações e mapearmos as diferentes vibrações energéticas humanas. 

É isto é especialmente útil a médiuns que trabalham com cura, passes em geral e desobsessão, pois, com esta sensibilidade, podem avaliar melhor o estado de assistidos e entidades desequilibradas, detectando suas reais necessidades e maiores carências, além de poder, inclusive, captar pensamentos e sentimentos por meio desta técnica de leitura energética.




2. TRABALHANDO a AURA e os CHACRAS 




Edgard Armond, em Passes e Radiações, diz que “quanto mais ativo ou desenvolvido for o centro de força, maior capacidade de energia ele comporta e, portanto, maiores possibilidades oferece em relação ao emprego dessa mesma energia; e como as faculdades psíquicas são afetadas e estão, em grande parte, subordinadas ao funcionamento dos centros de força, compreende-se que o maior desenvolvimento de um deles acarreta o desenvolvimento da faculdade psíquica correspondente e vice-versa.” 

Trabalhar a aura e os chacras é o mesmo que trabalhar as próprias energias, fazendo com que as mesmas circulem de forma mais intensa e regular entre o perispírito e corpo físico, e entre o meio, astral ou material, e os nossos corpos. 

Essa movimentação, como já destacamos, é essencial para que haja saúde física e espiritual, já que, com o movimento, nossas energias se reciclam e renovam, limpando eventuais cargas mais densas, desfazendo possíveis bloqueios nos chacras e nos órgãos e repondo possíveis perdas energéticas que possam ter ocorrido, seja por que razão for, além de desenvolver e ampliar as capacidades, os potenciais do chacra e da própria aura, como destaca Armond. 

Para fazê-la basta acionarmos a vontade, por meio do pensamento e do sentimento direcionados. Como as energias são extremamente dóceis aos nossos comandos mentais e ganham, facilmente, as qualidades que lhes atribibuirmos com o coração e a mente, ao visualizarmos essa movimentação, o sentido que queremos que tome, as ações que queremos que execute, as energias nos obedecem e iniciam o trabalho. 

É importante que, antes de iniciarmos qualquer prática ou trabalho com energias, nós elevemos os nossos pensamentos e as nossas vibrações, e nos coloquemos em sintonia com algo maior, com mentes elevadas, com seres de luz, que possam nos garantir uma boa frequência vibratória, de modo a captarmos as energias que possam nos fazer mais bem, física e espiritualmente. 

As técnicas usadas para este trabalho de movimentação energética podem ser as mais variadas, sem que haja uma mais ou menos apropriada, ou melhor ou pior que outras. Todas são válidas, desde que tragam bem estar e sejam eficientes para o praticante. 

O importante é que permitam trabalhar os chacras, desobstruindo-os, e a aura, ampliando-a e sutilizando-a. O médium que tem por hábito trabalhar regularmente suas energias na aura e nos chacras, terá mais sensibilidade às entidades desencarnadas, sejam amparadores ou obsessores, facilitando o processo do fenômeno mediúnico, a sintonia, a comunicação e a assistência aos espíritos em desequilíbrio. 
Além disso, estará sempre promovendo a higienização de suas próprias energias que podem contaminar-se no contato com pessoas desequilibradas ou entidades perturbadas.

3. IDENTIFICANDO e MODIFICANDO ENERGIAS

À medida que trabalhamos nossa aura e nossos chacras, desenvolvemos também nossa sensibilidade energética, apurando-a, aperfeiçoando-a e aprendendo a identificar energias nos ambientes, nas outras pessoas e em nós mesmos. 

É o que diz Edgard Armond, no livro Desenvolvimento Mediúnico, quando afirma que “a capacidade de sentir fluidos, tecnicamente desenvolvida, permite ao médium determinar, no seu próprio organismo, o ponto ou os pontos de incidência, segundo a natureza dos fluidos, selecionando-os por sua categoria vibratória, entre os extremos do bom e do mau, do benéfico e do maligno, do fino e do pesado, do excitante e do sedativo, do quente e do frio, etc., podendo, assim, com o correr do tempo, formar, para seu próprio uso, uma escala de valores fluídicos de inegável utilidade na vida prática. 

“Permitirá também que os médiuns possam e saibam se defender dos ataques contra eles desfechados pelos maus espíritos, como os fluidos dos ambientes malsãos, como ainda identificar os espíritos que deles se aproximarem, distinguindo e classificando as vibrações lançadas a distância e delas defendendo-se em tempo hábil.” 

Identificando energias e sabendo que são muito sensíveis e dóceis à nossa ação mental e vibratória, podemos também modificar energias nos ambientes, objetos, pessoas e em nós mesmos. Ao percebermos energias à nossa volta que nos pareçam densas e negativas, podemos trabalhar para dispersá-las ou mesmo sutilizá-las, tornando-as inofensivas ou benéficas para nós e para quem estiver conosco. 

Isto é especialmente útil ao médium que pode usar este recurso para identificar entidades durante os trabalhos e, se necessário, anular sua influência vibratória ou reduzir esta influência para que não perturbem a reunião ou tragam desequilíbrios a ele mesmo e aos companheiros de trabalho. 

4. USANDO o PENSAMENTO e os SENTIMENTOS 

Usando o pensamento e o sentimento, podemos mudar as energias em nós e fora de nós. Elevando nossos pensamentos e sentimentos a padrões vibratórios mais sutis, podemos elevar também a frequência das nossas energias e das energias à nossa volta para padrões mais sutis. 

Este é, com certeza, o melhor recurso de que dispomos para modificar nossas energias e mantê-las em padrões saudáveis, iluminados, benéficos. Por esta razão, não devemos nunca menosprezar o poder de que dispomos pelos pensamentos e sentimentos que externamos em palavras, gestos, escolhas, idéias, posturas, conduta (social, profissional e familiar), etc. 

Nossa vida interior é a melhor ferramenta de que dispomos para modular nossas próprias energias, em nosso favor e em benefício de outras pessoas. 

O médium consciente deste mecanismo, e que aprende a controlá-lo, pode usá-lo de forma lúcida e ativa em sua atividade mediúnica, pois sabe que pode ajudar os espíritos perturbados a compreenderem melhor sua condição e pode também ajudar os mentores e amparadores a dar assistência a essas entidades ou aos próprios encarnados, inclusive os próprios médiuns, colhendo neles energias que lhes permitem interagir de forma mais direta com os planos mais densos. 

Ernesto Bozzano, no livro Pensamento e Vontade, diz que não há “nada mais importante para a pesquisa científica e a especulação filosófica, do que a demonstração, apoiada em fatos, da seguinte proposição: pode um fenômeno psicológico transformar-se em fisiológico; o pensamento pode fotografar-se e concretizar-se em materialização plástica, tanto quanto criar um organismo vivo. 

“De outro modo falando, nada é tão importante para a Ciência e a Filosofia, como averiguar que a força do pensamento e a vontade são elementos plásticos e organizadores.” Aprendendo a usar o pensamento e os sentimentos para transformar energias, o médium desenvolve também maior sensibilidade para lidar com espíritos desencarnados, podendo, inclusive, modular suas próprias energias e as do ambiente em que se encontra para facilitar, bloquear ou controlar a manifestação mediúnica, por seu intermédio ou de outros colegas do grupo a que pertence. 

5. MANIPULANDO ENERGIAS 

Além dos pensamentos e sentimentos, contamos ainda com mais algumas ferramentas para trabalhar e modificar energias. Uma delas é a visualização, que, na verdade, é apenas uma variação do próprio pensamento. 

Pela visualização, podemos atribuir, às energias, cores, luzes, texturas, movimentos, temperatura, consistência, formas, brilhos, vibrações, direção, etc, dando a elas maior força para alcançarem aquilo que pretendemos. Cada uma dessas “diferenciações” tem características próprias, vibrações próprias, que podem ser usadas para se facilitar a obtenção do efeito desejado. 

Por meio da visualização, podemos também canalizar as energias para outras pessoas ou entidades, grupos, locais, objetos, etc. Podemos, ainda, modulá-las para que sejam melhor absorvidas, pressentidas e aproveitadas por aquele ou aqueles que as recebem. 

Isso é especialmente útil para os médiuns que trabalham com passes e práticas energéticas de aplicação, projeção ou doação de energias e fluidos em geral. Sendo a mente um poderoso modelador das nossas energias e fluidos, o médium deve saber usá-la de forma produtiva e ÉTICA, dentro e fora do trabalho mediúnico, de forma a criar apenas formas saudáveis, que contribuam para o bem estar das pessoas e para a boa qualidade da atmosfera psíquica que o rodeia. 

A visualização também é importante no trabalho mediúnico, pois o médium pode ajudar muito a orientação de entidades desequilibradas plasmando, ao seu redor, formas que ajudem a entidade a compreender suas condições, as causas disso, suas opções no presente, etc. 

Além da visualização, podemos também usar nossas mãos, em gestos e movimentos rítmicos, que produzam determinadas alterações nas energias, de modo a alcançarmos o que desejamos. Podemos também usar nossa respiração, nossos olhos, e qualquer outro recurso que, como médiuns, percebamos que facilita o nosso trabalho e nos ajuda a obter o resultado desejado. 

6. MÉTODO das CINCO FASES – Edgard Armond 

Sentindo dificuldade em encontrar médiuns realmente bem preparados para o trabalho, sem desequilíbrios ou desvios teóricos e práticos no exercício da mediunidade, Edgard Armond desenvolveu, ainda na década de 50, na FEESP, um método para o desenvolvimento e aperfeiçoamento de médiuns, que chamou “Método das Cinco Fases”. Ao que parece, este foi o primeiro e, talvez, o único método de aprendizado mediúnico sistematicamente desenvolvido com base no estudo, no acompanhamento e na observação prática de médiuns em atuação. 

Inicialmente, Armond pensava em aplicá-lo apenas a médiuns já desenvolvidos e em atividade, com a intenção de corrigir desvios e falhas, mas, com o tempo, percebeu que era necessário acompanhar o desenvolvimento dos médiuns desde o início, evitando, assim, vícios, confusões, interpretações equivocadas, etc. Por esta razão, já na década de 60, ele o incorporou à escola de médiuns desde as primeiras aulas, propiciando aos novos médiuns treinamento seguro e didático de suas próprias faculdades, num ambiente seguro e controlado. 

Para isso, organizou o método num livro que chamou Desenvolvimento Mediúnico, onde afirmou que “nenhum processo, até o presente, foi adotado para o desenvolvimento prático de faculdades mediúnicas; nenhum sistema metódico e de caráter didático que, na realidade, resolvesse as inúmeras dificuldades e sutilezas que tal problema apresenta, dos pontos de vista técnico e operacional. 

“Por toda parte, o que se observa é um generalizado empirismo, quando não o arbítrio individual ditando regras, produzindo desorientação, malbaratando valores mediúnicos aproveitáveis e retardando a difusão doutrinária. “O que predomina é o sistema que vem de longa data, que vem de longe, de andar que os médiuns se sentem às mesas e aguardem o desenvolvimento, a mediunidade se manifestando por si mesma, como for possível, sem nenhum método ou encaminhamento, pela ação dos espíritos desencarnados, bons ou maus, que frequentam estas reuniões, ficando os médiuns sujeitos a verdadeiras aventuras que também podem terminar bem ou mal. 

“É fora de dúvida que as forças espirituais, sobretudo as de esferas inferiores, não podem ser manejadas de qualquer maneira, por qualquer pessoa, sem resguardo e preparação adequada, sem um mínimo tolerável de conhecimento especializado. “O sistema antiquado de sentar à mesa – que é uma tradição que vem dos primeiros tempos do Espiritismo – não passa de um hábito que deve ser substituído por conhecimento especializado e é nesse sentido que escrevemos este trabalho e o apresentamos aos dirigentes de sessões espíritas e de cursos de médiuns, na esperança de que seja útil e resolva tão delicado e antigo problema funcional, ou, quando não, que, pelo menos, valha como uma sincera cooperação.” 

Desde então, o seu método vem sendo usado por várias casas espíritas para o desenvolvimento prático de médiuns, com excelentes resultados, dando aos iniciantes mais segurança, autocontrole, conhecimento e destreza para participar dos fenômenos mediúnicos. 

a) Nesta fase, os amparadores encarregados da instrução do grupo estudam o organismo dos médiuns e registram os seus pontos mais sensíveis, medindo o grau de sensibilidade de cada um. 

Primeira fase – percepção de fluidos 

Em seguida, o dirigente encarnado pede a estes amparadores que projetem jatos de fluidos sobre os pontos observados em cada um dos médiuns, os quais devem, então, perceber, sentir esta projeção. Segundo Armond, esta percepção deve, necessariamente, ocorrer por dois motivos básicos: 

- porque os amparadores projetaram os fluidos nos pontos certos, previamente observados e anotados; 

- porque eles também “personalizaram” esses fluidos, de acordo com a sensibilidade de cada um, elevando ou abaixando a sua vibração, para que estejam mais próximos da faixa de sensibilidade energética dos médiuns. Embora a percepção de fluidos não seja, de fato, uma capacidade mediúnica em sua origem e manifestação, pode ser mediunicamente desenvolvida pela ação de amparadores e instrutores espirituais e, quando bem treinada e interpretada, é muito útil aos médiuns, pois lhes permitirá mapear seus próprios pontos sensíveis, ao mesmo tempo em que criam uma classificação própria de fluidos, de acordo com os efeitos que provocam em si mesmos. 

b) Nesta fase, a uma solicitação do dirigente, os amparadores interrompem a projeção de fluidos e se aproximam dos médiuns, fazendo-se pessoalmente sentidos. 

Os médiuns devem, portanto, sentir, perceber a aproximação e/ou a presença das entidades à sua volta. A diferença aqui está no fato de, como os fluidos não estão mais sendo projetados sobre os pontos sensíveis, os médiuns terem que perceber a “movimentação” das entidades de forma mais abrangente, sem estar focados em um ou dois pontos específicos. É como se os médiunspassassem a sentir, ver e perceber com todo o corpo, registrando a presença dos amparadores ao seu lado. 

Desta vez os médiuns não estão recebendo qualquer estímulo de sensibilidade, cabendo unicamente a eles perceber a aproximação e o afastamento das entidades, de maneira geral. Esta capacidade bem desenvolvida permite aos médiuns prever e até evitar aproximações e contatos com pessoas, encarnadas e desencarnadas, negativas, hostis ou desequilibradas. 

c) Nesta fase, os intrutores espirituais, já tendo se aproximado dos médiuns, tocam, estabelecem contato com os mesmos, atuando sobre os chacras e a aura, de forma a serem realmente sentidos pelo tato psíquico ou energético. 

Este contato pode ser feito com as mãos ou em áreas maiores, interpenetrando parcialmente a aura e o perispírito do médium. Pode também ser feito nos chacras do duplo, nos plexos nervosos e glândulas do físico, ou nos pontos mais sensíveis, anteriormente observados. Quando o contato se dá pelos chacras, o médium sentirá breve manisfestação de sua mediunidade, uma vez que os amparadores estarão agindo sobre o duplo. 

Quando o contato ocorre pelos plexos e glândulas do físico, as manifestações serão reflexas, como tremores, espasmos e repuxamentos nas áreas atingidas pelo plexo e a glândula acionados. 

Quando, no entanto, o contato ocorre nos pontos mais sensíveis, as sensações serão muito mais nítidas e localizadas que nos chacras e plexos, e serão também mais intensas que nas fases de percepção e aproximação. 

d) Esta fase é o mesmo que o acoplamento áurico, já descrito. Nela, os amparadores “envolvem”, energeticamente, a mente dos médiuns, expandindo este envolvimento, na medida do possível, para todo o perispírito, “abrançando-o” com a sua aura. 

Quanto maior o envolvimento, menor será o grau de consciência do médium durante o transe. 


Segunda Fase – aproximação 

Terceira fase – contato 

Quarta fase – envolvimento 

Assim, nas comunicações puramente telepáticas, o envolvimento não passa da mente espiritual, não havendo qualquer contato áurico ou perispiritual mais intenso, podendo, inclusive, as entidades se comunicar a distância, sem estar “presentes” no ambiente do trabalho. Já nas comunicações inconscientes ou mecânicas, o envolvimento se dá diretamente sobre o órgão ou parte do corpo físico a ser utilizada para a manifestação, estendendo-se, em seguida, a todo o corpo e a aura do médium. 

E nas comunicações semiconscientes ou semimecânicas, o envolvimento acontece tanto na mente, como no órgão ou área do corpo físico relacionada com o tipo de manifestação. Já nesta fase pode haver comunicação ou transmissão de mensagens, sem que seja necessário chegar à fase seguinte. 

e) Esta fase é a finalização do processo, a comunicação propriamente dita e direta da entidade em nosso plano. Pode ser verbal ou escrita; consciente, semiconsciente ou inconsciente; mecânica ou semimecânica, conforme o tipo de faculdade do médium. 

Quinta fase – manifestação 

7. CONCLUSÃO 

A mediunidade ou percepção exta-sensorial é uma faculdade disponível a todos os seres humanos, que depende apenas de fatores inerentes a todas as pessoas, como as bioenergias, os chacras ou centros de força, o pensamento, a vontade, os sentimentos e as emoções. 

Embora ela possa variar em grau de intensidade e profundidade, bem como de tipo, o "segredo", se é que há algum, está apenas em adestrar e aperfeiçoar a manifestação e o uso desses atributos, por meio de exercícios e práticas que facilitem e intensificem a sensibilidade extra-sensorial, os quais, na maioria das vezes, já estão disponíveis para a humanidade há milênios, sem que lhes fosse dado o devido crédito. 

Edgard Armond desenvolveu apenas mais uma prática, a ser usada, inicialmente, apenas nos meios espíritas, onde ele atuou por décadas, mas baseou a estrutura e os fundamentos de seu método em conhecimentos e práticas milenares já estudados por diversos povos e culturas, em diversas épocas de nossa história.

FALANDO SOBRE MEDIUNIDADE - PARTE 7

Exercício Prático Mediúnico

INDICE DOS TÓPICOS A SER ABORDADOS 

Relaxamento 
Concentração 
Fases do Transe Mediúnico 
Telepatia 
Psicografia 
Escrita Direta 
Psicofonia 
Voz Direta 
Vidência e Audiência 
Clarividência e Clariaudiência 
Desdobramento 
Psicometria 
Doação de Fluidos 
Indicação Bibliográfica

01. RELAXAMENTO PROCEDIMENTO: 

01 - sente-se numa cadeira e deixe o corpo à vontade; 

02 - faça uma série de respirações profundas; 

03 - tome consciência do corpo físico; relaxe-o dos pés à cabeça ou da cabeça aos pés. 

EXERCÍCIO PARA CASA: 

01 - deite-se de costas, em lugar firme; 

02 - seguir as orientações 02 e 03 acima. 


O2. CONCENTRAÇÃO PROCEDIMENTO: 

01 - após o relaxamento, propor ao aluno a fixação do pensamento: 

- num objeto de sua predileção; 

- em si mesmo, ou; 

- na figura de Jesus. 

02 - solicitar que permaneça neste estado de concentração o maior tempo possível, sem criar tensões emocionais fortes. 

EXERCÍCIO PARA CASA: 

01 - contar grãos de feijão com outras pessoas atrapalhando; 

02 - contar ou somar números mentalmente; 

03 - fazer desenhos encaracolados; 

04 - criar outros tipos de exercício. 

ESTUDO TIRADO DE: 

CENTRO ESPÍRITA "ISMAEL" DEPARTAMENTO DE ENSINO DOUTRINÁRIO 
AV. HENRI JANOR, 141, JAÇANÃ -SP 
TELEFONE: 2242-6747

FALANDO SOBRE MEDIUNIDADE - PARTE 6

Como Desenvolver Mediunidade

Poucos autores que escrevem sobre mediunidade, tem o cuidado de advertir seus leitores que o livro que estão lendo não dispensa o estudo de "O livro dos Médiuns", o mais completo compendio sobre o assunto. 


A Mediunidade é uma faculdade natural do homem. Já sabemos disto há muito tempo, como sabemos que ela é muito antiga. No passado os médiuns foram chamado por diversos nomes: pitonisas, sibilas, magos, adivinhos, feiticeiros, etc... mas, sem dúvidas, foi no século XIX que ela se notabilizou e tomou foros de cidadania. 

A Doutrina Espírita foi revelada pela mediunidade e pelo gênio de Allan Kardec. Há nela uma parte divina, a da revelação e uma parte humana, da elaboração Kardequiana e de outros pensadores espíritas. 

Não seria mais simples se Kardec fosse médium psicógrafo e recebesse ele mesmo as mensagens dos espíritos? Não, não seria. Foi exatamente a independência do pensamento de Allan Kardec com relação ao fenômeno, que permitiu-lhe analisar friamente as comunicações vindas dos espíritos e adotá-las ou recusá-las (ver também "Mediunidade", J. Herculano Pires, página 25). 

O Brasil tem produzido grandes médiuns como Euripedes Barsanulfo, Yvonne Pereira, João Nunes Maia e muitos outros ainda encarnados destacando-se, Divaldo Pereira Franco pelo seu trabalho assistencial e de divulgação, assim como Francisco Cândido Xavier, a mais perfeita antena psíquica de nosso século. 

Em mais de quatro décadas de participação no movimento espírita, já conhecemos muitos médiuns e candidatos á médiuns, que não passaram de candidatos. Conhecemos médiuns excelentes e outros improdutivos, perturbados e até obcecados. Já vimos pessoas se esforçarem ao máximo para serem médiuns e outros que dariam tudo para não ter nenhuma mediunidade. 

Depois da mediunidade ter sido tratada empiricamente por muito tempo, usando-se levar as pessoas perturbadas que chegavam ao centro espírita á mesa de caridade, para receber seu guia e desenvolver, passamos para uma fase de estudo da mediunidade, de elaboração de cursos simples ou sofisticados e muitos livros foram publicados sobre tão fascinante tema. 

Um dia, em alguma parte, ouvimos ou lemos alguns conceitos sobre o desenvolvimento mediúnico, que re-elaboramos para nosso uso. Fomos levados a isso pelas inúmeras vezes que nos perguntaram como desenvolver a mediunidade com segurança e aproveitamento e respondemos que é muito fácil e até rápido: Para os que desejam desenvolver a psicografia, aconselhamos a começar escrevendo pequenos bilhetes de incentivo à familiares, amigos colegas de trabalho, aproveitando a motivação de um aniversário de uma data festiva, de um exame bem sucedido, recuperação de saúde, etc. 


Depois passa-se a escrever cartas mais longas para doentes crônicos, pessoas que vivem sozinhas, presidiários e outras circunstâncias. Pouco a pouco os bons espíritos estarão intuindo-o cada vez que for escrever. Talvez você não publique grandes livros e nem mesmo pequenas mensagens avulsas, mas será muito útil. 


Se a mediunidade à ser desenvolvida for a falante ou psicofônica, comece falando coisas bonitas. Não fale palavrões, não pragueje, não ironize. Tenha sempre palavras de harmonia, de paz, de esclarecimento. Conforte os sofredores, oriente os desorientados e a breve tempo, os bons espíritos estarão ao seu lado sempre que precisar falar. Talvez você não faça grandes oratórias, mas será abençoado por todos. 

Se aspiração é a vidência, preste atenção nos belíssimos painéis da natureza. Valorize o sorriso de uma criança e o andar trêmulo de uma velhinha. Veja a beleza da vida e valorize-a. Olhe o céu, as estrelas, a luz argêntea da Lua, o ouro do sol ... 

Se a mediunidade desejada for a receitista, leve uma pessoa carente ao médico e pegue a receita assinada por um profissional e compre os remédios para o necessitado. É um bom começo . Outros modos aparecerão em breve. Porém se você deseja impor as mãos e curar, antes disso ajude alguém. Dê banhos num enfermo, faça-lhe a barba, converse com ele. Faça-lhe companhia, leia para o paciente, cante uma música, toque um instrumento, faça uma prece... 

Se você sonha desenvolver a mediunidade de efeitos físicos, materializar espíritos, lembre-se que a melhor, mais bela e útil materialização de um espírito é através de seu renascimento na terra. Seja pai ou mãe responsável. Ame seus filhos e os filhos de ninguém, especialmente os filhos do calvário. Eduque-os, ilumine-os com seu amor. 

Se você quer ser um bom doutrinador ou dirigente de sessão, aprenda a falar do amor de Deus, do perdão, da bondade. Seja otimista e fale com otimismo. Não faça cobranças morais. Não se deixe envolver pelo desânimo. Intensifique a fé. Valorize a vida. Ame com amor. 

Experimente! Talvez você não venha à ter nenhuma notoriedade, nem seu nome escrito em letras de forma nos jornais, mas sentirá uma satisfação íntima insubstituível.

FALANDO SOBRE MEDIUNIDADE - PARTE 5

Como desenvolver sua mediunidade

A conexão com os espíritos só acontece com quem já consegue enxergar a vida sob o ângulo deles.


Por Zíbia Gasparetto.

                            

O que é ser uma pessoa sensível? Você tem sensibilidade? Aliás, a palavra pode ser entendida de muitas formas. Seu significado pode variar de acordo com a conveniência ou com o conhecimento de cada indivíduo. 

Há quem se utilize dela para justificar fraquezas, a falta de coragem para dizer o que pensa e para assumir erros. Também para se fazer de vítima, entre outras razões. Mas esses sentimentos são vícios de comportamento que sabotam o espírito e impedem o desenvolvimento da verdadeira sensibilidade. 

Quem está neste processo valoriza as aparências e sente muito medo da opinião dos outros. Mesmo quando sozinho, tem a impressão de estar diante de uma plateia a qual precisa impressionar de maneira favorável. 

Essa pessoa não expressa o que sente porque, no fundo, tem uma impressão desfavorável sobre seu desempenho. Ela também tenta ocultar seus pontos fracos - custe o que custar. 

Gente assim vive se vigiando, se cobrando e se pressionando. Não suporta crítica e, quando ela surge, vai para o fundo do poço. Julga-se errada, cai em depressão e fica desmotivada. Sua vida perde o sabor e não sente mais prazer em nada. Torna-se frágil, de imaginação mórbida, crente que qualquer pequena dificuldade é capaz de derrubá-la. 

Uma pessoa que tem sensibilidade é o oposto de tudo isso. Ela consegue perceber o que está atrás das aparências, é capaz de ler entrelinhas e sentir com a alma. 

O espírito, quando domina as armadilhas culturais e se expressa livremente - inclusive, controlando nossas emoções -, se torna intuitivo e sensível para a beleza em todas as suas manifestações. Passa a apreciar as diferenças da vida com delicadeza e as aceita sem julgamento, com a maior naturalidade. 

Ele assume seus erros, aprende com eles ou procura evitá-los. Se tiver recaída, não se critica, mas insiste em tentar melhorar. Tal forma de agir abre a sintonia com as forças superiores da vida e estabelece a conexão. 

As pessoas me perguntam o que podem fazer para desenvolver a mediunidade. Frequentar cursos e reuniões em centros de estudos espirituais ajudam, mas não são suficientes para dar proteção espiritual. A conexão com os espíritos superiores só acontece com quem já consegue enxergar a vida sob o ângulo dos espíritos e age em função disso nas 24 horas do dia. 

Na Terra, poucos conseguem se manter equilibrados todo o tempo. A ignorância a respeito das leis cósmicas que regem a vida faz com que muitos de nós escolham as más atitudes. Ela atrai problemas com as pessoas (encarnadas ou não) e nos tira da sintonia com o bem. Apenas quando se colhe resultados, aos poucos, é que se aprende como a vida funciona. 

Algumas coisas que você precisa saber: a ética é uma lei que não permite transgressão. O respeito aos direitos dos outros é uma necessidade que nos conserva a liberdade. A generosidade abre as portas da prosperidade e da fartura. Ser verdadeiro dá mais resultado do que querer parecer mais do que é. O verdadeiro amor precisa ser incondicional e inteligente para ajudar a pessoa amada a amadurecer e ser feliz. 

O espírito, quando reencarna, deve comandar a própria sensibilidade e mantê-la equilibrada. Ele é dotado para isso! Se você tem esse controle e sofre perturbações, ligue-se com Deus, peça ajuda espiritual, analise seu comportamento e eleve seu espírito. Com suas atitudes, atrairá a inspiração dos espíritos iluminados. Estou certa de que obterá resposta.