quinta-feira, 21 de junho de 2012

MEDIUNIDADE DE CURA



Mediunidade de cura 

José Argemiro da Silveira 

de Ribeirão Preto, SP 

Temos observado que vários companheiros do movimento espírita reprovam a mediunidade de cura, como se fosse uma atividade estranha à boa Doutrina. Isto se deve, provavelmente, ao fato de que alguns médiuns dessa especialidade, por não conhecerem, não procuram observar, no exercício da mediunidade, os ensinamentos da Doutrina Espírita. Conseqüentemente, agem em desacordo com o que ensina o Espiritismo, levando os menos avisados a reprovarem, em sua totalidade, toda atividade desse campo. Porém, esta não é uma atitude correta. 

O fato de alguns utilizarem mal suas faculdades, ou agirem em desacordo com os princípios espíritas, não justifica a atitude de negar valor a todos que trabalham nessa área. A mediunidade de cura é estudada no Espiritismo. 

Portanto, neste, como em outros setores, é sempre necessário aprofundar o conhecimento do assunto, para não emitir opiniões levianas, sem fundamento. Necessário saber distinguir o certo do errado, não aprovar tudo, mas também não reprovar, sem o devido conhecimento do assunto. 

Allan Kardec no Livro dos Médiuns, 2.ª parte, cap. XVI, item 189, registra: "Médiuns curadores - Os que têm o poder de curar ou de aliviar os males pela imposição das mãos ou pela prece. 

Esta faculdade não é essencialmente mediúnica pois todos os verdadeiros crentes a possuem, quer sejam médiuns ou não. Freqüentemente não é mais do que a exaltação da potência magnética, fortalecida em caso de necessidade pelo concurso dos Espíritos bons". 

No item 175, cap. 14, do mesmo livro: "Médiuns curadores - Somente para mencioná-la, trataremos aqui desta variedade de médiuns, porque o assunto exigiria demasiado desenvolvimento para o nosso esquema. 

Estamos, aliás, informados de que um médico nosso amigo se propõe a tratá-la numa obra especial sobre a medicina intuitiva". E no item 193, cap. 16, diz: "Médiuns medicinais - sua especialidade é a de servirem mais facilmente aos Espíritos que fazem prescrições médicas. 

Não se deve confundi-los com os médiuns curadores, porque nada mais fazem do que transmitir o pensamento do Espírito, e não exercem por si mesmos nenhuma influência. Muito comuns". 

Allan Kardec considera "muito comuns" os médiuns medicinais, "aqueles cuja especialidade é a de servirem mais facilmente os Espíritos que fazem prescrições médicas". 

Quando trata dos "médiuns curadores" coloca que "o assunto exigiria demasiado desenvolvimento" para o esquema do livro (Livro dos Médiuns). Mas fica claro a importância do tema. 

Pergunta feita ao Divaldo P. Franco ("Diretrizes de Segurança", item 21, cap. 1.°) - Qual a finalidade da existência de médiuns curadores?" Resposta: "A prática do bem, do auxílio aos doentes. 

O apóstolo Paulo já dizia: "Uns falam línguas estrangeiras, outros profetizam, outros impõem as mãos". Como o Espiritismo é o Consolador, a mediunidade, sendo o campo, a porta pelos quais os Espíritos Superiores semeiam e agem, a faculdade curadora é o veículo da Misericórdia para atender a quem padece, despertando-o para as realidades da Vida Maior, a Vida Verdadeira. 

Após a recuperação da saúde, o paciente já não tem o direito de manter dúvidas nem suposições negativas ante a realidade do que experimentou. O médium curador é o intermediário para o chamamento aos que sofrem, para que mudem a direção do pensamento e do comportamento, integrando-se na esfera do Bem". 

As pessoas que condenam todo e qualquer tipo de atividade na mediunidade de cura deveriam estudar a biografia de Eurípedes Barsanulfo, Cairbar Schutel, e tantos outros. 

O próprio Francisco C. Xavier, durante muito tempo, atendeu a essas tarefas. Os médicos desencarnados, especialmente Bezerra de Menezes, por intermédio dele, respondia a centenas de consultas durante as reuniões semanais. 

Da biografia do médium João Gonçalves do Nascimento, que está no livro "Grandes Espíritas do Brasil", organizado por Zêus Wantuil, e editado pela Federação Espírita Brasileira, consta o seguinte: "Foi por volta de 1882 que o Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, então deputado geral na Corte do Rio de Janeiro, resolveu consultar o médium Nascimento sobre uma dispepsia que havia cinco anos o torturava, não obstante haver ele recorrido aos mais famosos facultativos.

Eu não acreditava nem deixava de acreditar na medicina medianímica, e confesso que proprendia mais para a crença de que o tal médium era um especulador - eis como Bezerra de Menezes julgava, a princípio, o abnegado Nascimento. 

Servindo-se de um amigo de confiança, e em circunstâncias que não permitissem qualquer espécie de fraude, o grande político cearense obteve a receita solicitada, com a descrição de toda a sua moléstia, seguiu o tratamento prescrito, e, o que a Medicina oficial não conseguira em cinco anos, Nascimento o obteve em apenas três meses. 

Este e outro fato posterior, agora com a segunda esposa de Bezerra, a qual tinha erradamente sido tratada como tuberculosa por importantes médicos, ficara para sempre curada com as receitas do famoso médium do Grupo Espírita Fraternidade. "Nada me impressionou mais afirmou Bezerra - do que ver um homem, sem conhecimentos médicos e até sem instrução regular, discorrer sobre moléstias, com proficiência anatômica e fisiológica, sem claudicar, como bem poucos médicos o podem fazer". 

A biografia do médium Nascimento prossegue citando vários outros casos extraordinários de diagnósticos corretos e curas, realizadas por seu intermédio. 

A mediunidade curadora deve ser tratada como qualquer outra modalidade mediúnica. Não se pode aprovar tudo o que se faz nessa área, mas negar, indiscriminadamente, como se toda atividade nesse campo fosse estranha à Doutrina Espírita não é correto. O médium de cura deve orientar seu procedimento, observando: 

a. Vinculação a um Centro Espírita - A maior parte dos problemas constatados reside no fato de o médium não se submeter aos regimes doutrinários de um Centro Espírita; 

b. Estudo Sistemático do Espiritismo - Não se pode separar a prática mediúnica do estudo constante dos postulados espíritas; 

c. Gratuidade absoluta - A Doutrina Espírita não se coaduna com qualquer tipo de cobrança de prestação de serviço espiritual. ainda que disfarçada sob a forma de "presentes", ou de "doações para instituições"; 

d. Exercício Constante da Humildade - O médium de cura deve conscientizar-se de que ele é apenas um elemento na complexa engrenagem organizada pelo mundo maior, engrenagem esta que vai encontrar no Cristo o seu condutor maior. 

(Jornal Verdade e Luz Nº 170 de Março de 2000) 

PALESTRA SOBRE PERISPIRITO - PARTE 2





ENTENDENDO O PERISPIRITO

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. 

O perispírito, segundo a Doutrina Espírita, é o elemento intermediário entre corpo e espírito. 

Origem do termo 

O termo perispírito foi cunhado por Allan Kardec, e encontra seu primeiro uso no comentário que segue o item 93 de O Livro dos Espíritos: 

O Espírito, propriamente dito, nenhuma cobertura tem, ou, como pretendem alguns, está sempre envolto numa substância qualquer? 

“Envolve-o uma substância, vaporosa para os teus olhos, mas ainda bastante grosseira para nós; assaz vaporosa, entretanto, para poder elevar-se na atmosfera e transportar-se aonde queira.” 

Segue-se a esse trecho o seguinte comentário de Kardec: "Envolvendo o gérmen de um fruto, há o perisperma; do mesmo modo, uma substância que, por comparação, se pode chamarperispírito, serve de envoltório ao Espírito propriamente dito". 

A partir daí Kardec se ocupou de buscar fundamentação para essa hipótese, estudando as propriedades daquilo que à época recebia o nome de "fluidos" (eletricidade, magnetismo, calor), e ampliando a pesquisa para o que chamou de "fluidos psíquicos" ou "espirituais". Concluiu que o perispírito seria um corpo fluídico que envolve o espírito na condição de ente "semimaterial". Mais "grosseiro" que o espírito e mais "sutil" que o corpo, seria o responsável, entre outras funções, pela transmissão da vontade daquele para este e das sensações do corpo para o espírito. Seria constituído a partir de modificações particulares do "Fluido Cósmico Universal", que Kardec defendia ser a matéria primordial de que se compõe o universo. 

Outras concepções 

Conservando a nomenclatura original, muitos adeptos da Doutrina Espírita definem hoje o perispírito como um "corpo" dotado de "centros de força", adotando para estes praticamente as mesmas definições que a Teosofia e outras doutrinas baseadas nos ensinamentos orientais elaboraram para o Corpo Astral e os Chakras. 

O perispírito teria, assim, a função de "modelar" o corpo físico (chamado de soma), de forma que cada centro de força corresponderia a uma glândula e estaria intimamente ligado ao sistema nervoso, através do qual conduziria ao corpo as deliberações do espírito, e a este transportaria as impressões sensoriais. 

Desempenharia, também, o importante papel de elo entre o espírito comunicante e o espírito encarnado nos fenômenos mediúnicos. 

O perispírito emitiria ainda, segundo alguns, "vibrações", transformando os "fluidos semi-materiais", de acordo com os pensamentos: poderia, assim, variar da "luminosidade mais elevada" até aspectos mais "repugnantes", consoante a "qualidade" de quem os emite. 

Ovoides 

Segundo alguns adeptos do espiritismo, sob certas condições, o perispírito poderia sofrer uma deformação que lhe emprestaria um formato ovoide. O processo é conhecido como ovoidização e, ainda segundo os defensores da ideia, estaria ligado a impulsos autodestrutivos, de vingança, e ao desejo de não permanecer no mundo espiritual 

PERISPIRITO POR FORUM ESPÍRITA

Perispírito é o nome dado por Allan Kardec ao elo de ligação entre o Espírito e o corpo físico. Quando o Espírito está desencarnado, é o perispírito que lhe serve como meio de manifestação. É o que o Apóstolo Paulo chamava de corpo espiritual (I Coríntios, XV,44).

Do que é feito?
Havendo no universo três elementos básicos: Deus, Espírito e Matéria, a Doutrina Espírita denomina de Fluido Universal a matéria elementar que serve para a criação de todas as outras. Tanto a matéria que conhecemos na Terra (pedra, ar, água, nossos corpos e tudo o que existe), quanto a matéria do Plano Espiritual (que forma as cidades, colônias, o perispírito, o fluido que emitimos pelo passe) são feitos de Fluido Universal. Essa única matéria básica transforma-se em todas as outras conforme atua nela o pensamento divino ou dos próprios Espíritos. 

Um exemplo para compreendermos essas transformações é o fato de um único elemento químico, o Carbono, transformar-se em diamante ou carvão, que são duas coisas completamente diferentes, apenas alterando-se as ligações moleculares entre os átomos de carbono.
Assim, o perispírito é feito de uma das transformações do Fluido Universal que existe em torno do planeta onde o Espírito deve encarnar.

Para que serve? 
Quando o Espírito está encarnado, o perispírito serve como elo de ligação entre o Espírito e o corpo. Desencarnado, o perispírito faz o papel de corpo com o qual o Espírito se manifesta. 

Em qualquer caso, é através do perispírito que o Espírito, ser imaterial, recebe as sensações do ambiente ou nele atua. 
Perispírito é o nome dado por Allan Kardec ao elo de ligação entre o Espírito e o corpo físico. Quando o Espírito está desencarnado, é o perispírito que lhe serve como meio de manifestação. É o que o Apóstolo Paulo chamava de corpo espiritual (I Coríntios, XV,44).

Do que é feito?
Havendo no universo três elementos básicos: Deus, Espírito e Matéria, a Doutrina Espírita denomina de Fluido Universal a matéria elementar que serve para a criação de todas as outras. 

Tanto a matéria que conhecemos na Terra (pedra, ar, água, nossos corpos e tudo o que existe), quanto a matéria do Plano Espiritual (que forma as cidades, colônias, o perispírito, o fluido que emitimos pelo passe) são feitos de Fluido Universal. Essa única matéria básica transforma-se em todas as outras conforme atua nela o pensamento divino ou dos próprios Espíritos. 


Um exemplo para compreendermos essas transformações é o fato de um único elemento químico, o Carbono, transformar-se em diamante ou carvão, que são duas coisas completamente diferentes, apenas alterando-se as ligações moleculares entre os átomos de carbono.
Assim, o perispírito é feito de uma das transformações do Fluido Universal que existe em torno do planeta onde o Espírito deve encarnar.

Para que serve? 
Quando o Espírito está encarnado, o perispírito serve como elo de ligação entre o Espírito e o corpo. Desencarnado, o perispírito faz o papel de corpo com o qual o Espírito se manifesta. 

Em qualquer caso, é através do perispírito que o Espírito, ser imaterial, recebe as sensações do ambiente ou nele atua.