quinta-feira, 7 de junho de 2012

REFLETINDO COM OS ORIXAS



CURSO "PREPARANDO-SE PARA O TERCEIRO MILÊNIO"1º módulo: Introdução ao estudo das obras de Ramatís - parte 2

2. A MEDIUNIDADE DE PROVA 

Os Mentores Siderais, apiedados dos espíritos demasiadamente onerados em seu fardo cármico para o futuro, lhes oferecem no Espaço oportunidade de reajuste mais breve para alcançarem a ventura mais cedo. 

O médium de prova renasce na matéria já comprometido com a obrigação de um trabalho constante a favor da idéia da imortalidade da alma, inclusive o dever de melhorar a sua própria graduação espiritual.

Através de processos magnéticos especiais, os técnicos do Astral hipersensibilizam o perispírito daqueles que precisam encarnar com a obrigação de trabalhar, pelo serviço da mediunidade, a favor do próximo, e também empreender a sua própria recuperação espiritual. 

No Além existem departamentos técnicos especializados, que ajudam os espíritos a acelerar determinados centros energéticos e vitais (chacras) do seu perispírito,despertando-lhes provisoriamente a sensibilidade psíquica para a maior receptividade dos fenômenos do mundo oculto, enquanto se encontram encarnados.

Assim, sua mediunidade é faculdade transitória, concedida a título de "empréstimo" pelo Alto; no entanto, ela é faca de dois gumes, pois exige severa postura moral no mundo, porque tanto situa o seu portador em contato com os espíritos benfeitores, como também o coloca facilmente na faixa vibratória sombria das entidades do astral inferior.Embora a faculdade mediúnica pareça a alguns um privilégio extemporâneo, contrariando o conceito de Justiça e Sabedoria Divinas, essa "concessão" prematura ao espírito faltoso implica justamente em sua maior responsabilidade e laborioso trabalho espiritual. 

A graça"fora de tempo" do mandato mediúnico de prova, portanto, não exime a alma de preocupações e dos obstáculos futuros de sua evolução espiritual; constitui somente o "empréstimo"que lhe permite ressarcir-se de suas tolices e insânias cometidas no passado, compensando o tempo perdido com um serviço extraordinário.

Malgrado a mediunidade fenomênica impressione profundamente os sentidos físicos dos encarnados, na profundidade da estrutura espiritual do médium de "prova" quase sempre ainda não se consideram o caráter moral superior, a renúncia angélica, o desapego às ilusões da vida física, ou a capacidade heróica para o cumprimento do mandato redentor. 

2.1 MÉDIUM DE PROVA 

O médium de prova é o homem diretamente comprometido com a Direção Espiritual do planeta para realizar um serviço definido junto à humanidade, e também em favor de sua própria renovação moral superior. 

O médium de prova é apenas o instrumento convocado para o serviço compulsório de favorecimento ao próximo ou o transmissor da realidade imortal; mas acima de tudo é o devedor interessado em reduzir o seu débito cármico para com o planeta que o serviu desinteressadamente e a de prova.

Visto não poder eximir-se de sua obrigação pré-encarnatória, que assumiu no Espaço, o médium de prova deve apurar o seu caráter, controlar suas emoções e aprimorar o seu intelecto no contato incessante com os valores preciosos da espiritualidade.

Em conseqüência, não é de muita importância a preocupação de se distinguir os médiuns comprometidos particularmente com espíritos sublimes, destinados a exercer trabalhos incomuns do mundo físico e que se ligam a severos compromissos com o Alto, daqueles que só resgatam o seu fardo cármico no serviço mediúnico.

Mesmo reconhecendo que os médiuns, em geral, oferecem tão diversas condições morais e variam tanto em sua capacidade intelectual, o mais certo e proveitoso é que todos os médiuns cultuem dignamente a vida humana e renunciem em definitivo às ilusões do mundo, protegendo-se assim contra as perfídias do astral inferior e credenciando-se eletivamente para cumprir na íntegra qualquer mandato sob o comando das falanges angélicas!

Ainda quanto à distinção existente entre os homens que são médiuns necessitados do desenvolvimento mediúnico junto à mesa espírita e aqueles que, embora médiuns, como são todos os homens, podem dispensar tal desenvolvimento, deve-se considerar que os"médiuns oficiais" na Terra são justamente os que reencarnam comprometidos com serviços obrigatórios na seara espiritista. 

Estes requerem um desempenho incessante de sua atividade incomum, porquanto necessitam com maior urgência compensar os prejuízos causados a outrem e também acelerar a sua própria recuperação espiritual. 

Destacando-se dos demais homens, pois gozam de faculdade mediúnica mais acentuada, relacionam-se mais direta e rapidamente com os desencarnados.

Conforme seus pensamentos, sua conduta e objetivos na vida, sem dúvida atraem os espíritos da freqüência vibratória sideral que, de conformidade com sua contextura espiritual, passam a influenciar para o bem ou para o mal as pessoas com as quais entram em contato.

Mas, justamente porque são raros os médiuns missionários ou de Intuição Pura, também são poucos aqueles que alcançam o auge abençoado do serviço mediúnico sem a preliminar do desenvolvimento torturado.

Há médiuns nos quais eclodem ainda os resíduos das velhas paixões que já os conturbaram no passado; os seus pensamentos, palavras e sentimentos são alvo de ataque dos desencarnados, que tudo fazem para impedir o êxito do serviço mediúnico na seara espírita.

Eles tentam faze-los buscar o desenvolvimento de sua mediunidade à parte de qualquer disciplina ou proteção doutrinária; exploram-lhes o amor próprio e a vaidade, afastando-os dos ambientes onde criaturas experimentadas poderiam ajuda-los na imunização contra o astral inferior.

É a fase torturada e contraditória, eivada de dúvidas e de esperanças, quando o homem sente o despertar de sua faculdade mediúnica, mas infelizmente ainda não possui aforça moral, a mente desenvolvida e os sentimentos equilibrados , que deveriam sintonizar imediatamente com as almas benfeitoras, à medida que se abrem as portas deacesso ao mundo invisível.

Às vezes, muito tarde é que o médium compreende a natureza e os objetivos do seu exercício mediúnico obrigatório, pois, malgrado ter enfrentado sacrifícios severos, só então comprova que tudo era feito exclusivamente em seu próprio bem!

Então, como um semeador incondicional dos ensinamentos elevados do Alto, tanto precisa imunizar-se contra as críticas alheias, como se impermeabilizar contra as lisonja sou evidências perigosas à vaidade personalista da vida humana.As suas dores, ingratidões e injustiças são menos importantes do que as desventuras do próximo; as suas próprias opiniões não podem provocar qualquer conflito ou hostilidade alheia contra a doutrina espírita, que o acolhe e beneficia para usufruir o ensejo de renovação espiritual.

Os demais homens, embora médiuns em potencial, serão unicamente pelos seus atos e por aquilo que possa influir nos seus familiares; mas os médiuns já consagrados ou admitidos como trabalhadores ativos no serviço mediúnico organizado da seara espírita, representam no mundo profano uma idéia espiritual elevada, que não podenem deve ser tisnada pelos seus interesses pessoais ou caprichos vaidosos.