Centro Espírita Allan Kardec
Passo Fundo – RS
Mediunidade Publicado em 9 de fevereiro de 2010 por admin
CONCEITO
É a faculdade humana que permite a relação entre os homens e os espíritos. É a manifestação do espírito através de um corpo alheio.
QUEM É MÉDIUM?
É todo individuo que sente em maior ou menor intensidade a interferência dos espíritos.
MEDIUNIDADE
A mediunidade é uma só, é um todo, mas pode ser encarada em vários aspectos funcionais que são formas variadas de sua manifestação. Kardec a dividiu, para efeito metodológico em duas grandes áreas bem diferenciadas: a mediunidade de efeitos inteligentes e a mediunidade de efeitos físicos.
MEDIUNIDADE NATURAL
Característica è Natural è Generalizada. A terminologia espírita adotada por Kardec é simples e precisa. Mas no tocante às duas áreas fundamentais de efeitos inteligentes e físicos, era necessário um acréscimo. Além dessa divisão fenomênica, havia o problema da divisão funcional.
Kardec notou a generalização da mediunidade e os espíritos o socorreram, como se vê no Livro dos Médiuns, como uma especificação curiosa. Temos assim duas áreas de função mediúnica, designadas como mediunidade generalizada e mediunato.
A primeira corresponde a mediunidade natural que todos os seres humanos possuem e a segunda corresponde a mediunidade de compromisso, ou seja, de médiuns investidos espiritualmente de poderes mediúnicos para finalidades especificas na encarnação, esta exige desenvolvimento e aplicação durante toda a vida do médium.
É E permanece geralmente em êxtase, com manifestações moderadas e quase imperceptíveis, ou seja, discreta e sutil.
A falta de conhecimento dessa divisão acarreta dificuldades e inconvenientes na prática mediúnica, particularmente nos trabalhos de centros e grupos. A mediunidade natural e generalizada não é propriamente uma forma de energia que permanece no organismo corporal no estado letárgico. É simplesmente a disposição natural do espírito para expandir-se, projetar-se e entrar em relação com outros espíritos.
Nossa mente funciona, segundo acentua Jonh Chinwald em seu estudo sobre relações inter-pessoais, como ativo centro emissor e receptor de pensamento. Estamos sempre conversando sem o perceber. Muitos dos nossos monólogos são diálogos com outras pessoas ou com espíritos.
Emmanuel e André Luiz, pelo Chico Xavier, diferem se a inquirições mentais que certos espíritos nos fazem seja para avaliar o nosso estado mental e ajudar-nos a corrigi-los, seja para fins obsessivos. Um obsessor se aproxima de nós e sugere mentalmente o nome ou figura de uma pessoa. Começamos a pensar nessa pessoa e a desfilar na mente os dados que possuímos sobre ela.
O obsessor insiste e sem percebermos, vamos dando a ficha da pessoa ou as nossas opiniões sobre ela. Ajudamos o obsessor sem saber. De outras vezes ele pretende saber qual é a nossa posição em determinado caso de desentendimento a respeito de seu amigo. Nós a revelamos e ela passa a envolver-nos num processo obsessivo. Por isso Jesus aconselhou: Vigiai e orai. Devemos vigiar os nossos pensamentos e orar por aqueles que consideramos em erro.
Se assim o fizermos, certamente nos livraremos de muitas perturbações, e muitos aborrecimentos desnecessários. Os colóquios do homem são sempre observados pelas testemunhas invisíveis, boas ou más, que nos cercam.
A mediunidade natural funciona como imanente no nosso psiquismo, faz parte da nossa constituição humana. Recorrem às casas espíritas muitas pessoas perturbadas e até obsedadas, que em geral são consideradas como médiuns em fase de desenvolvimento. O que não passam de vítimas de perseguições de espíritos inferiores, resultante de inquirições mentais dos mesmos.
Precisam de passes, de participações nas sessões, mas não sentar-se à mesa mediúnica para educar a mediunidade. Após tratados livram-se dos sintomas, pela própria correção de seu pensamento em relação a vida, em relação as pessoas.
Essas pessoas não estão investidas do mediunato e não precisam educar a mediunidade. Esta lhe serve para guiar-lhe na vida através de intuições e percepções extra-sensorial. Os problemas obsessivos serviram para aproximá-la do espiritismo, se continuar compreenderá o enredo da providência a seu beneficio.
As pessoas não dotadas de mediunato podem ser muito sensíveis e intuitivas, dispondo de percepções eficazes em todas as circunstâncias, que podem ser aproveitadas no movimento espírita, depois de tratados e instruídos. As obsessões não são produzidas apenas por espíritos. Há casos de obsessões telepáticas, provocadas por pessoas vivas.
Kardec tratou desses casos referindo-se à telepatia como telegrafia humana. Sentimento de aversão, de ódio, de vingança, acompanhado de pensamentos agressivos, podem dar a impressão de verdadeiros processos de obsessão por espíritos inferiores. Estes geralmente se envolvem e nas sessões, passam como os responsáveis nas perturbações que intrometeram-se, enganando dirigentes menos visados.
O Dr. Ehrenwal relata um caso da sua clinica psicanalítica, em que um rapaz era rejeitado pelos companheiros de pensão. A rejeição era oculta, pois todos fingiam apreciá-lo. Afastando o paciente para outro meio, os sintomas obsessivos desapareceram gradualmente, na proporção em que os algozes o esqueciam.
A mediunidade natural aflora, às vezes, dadas as circunstâncias favoráveis, numa eclosão semelhante à educação mediúnica. Há casos de premonição que surgem de perigo eventual, casos de vidência passageira, que parecem sintomas de mediunato em eclosão.
É difícil saber-se de imediato, o que se passa, principalmente em virtude do estado emocional dos pacientes. Mas basta uma observação paciente, com que freqüência às sessões mediúnicas para logo se verificar que se trata apenas de ocorrências isoladas e ocasionais. A mediunidade natural tende sempre a voltar à sua acomodação no psiquismo normal e manifestando-se de forma generalizada, como eclosão da mediunidade intuitiva, pois é o prelúdio da mesma.
O que às vezes complica é a insistência do desenvolvimento mediúnico ou aplicações terapêuticas de choques e dosagens excessivas de drogas nos receituários médicos.
MEDIUNATO
A mediunidade ativa ou mediunato, não age de maneira discreta e sutil, como a mediunidade generalizada. Pelo contrário, extravasa agitada em fenômenos de captação e projeção, não raro explodindo em casos de obsessões.
É chamada mediunidade de serviço, destinada ao auxílio e ao socorro do próximo. Decorre de compromissos assumidos no Plano espiritual, seja para auxiliar indiscriminadamente os que necessitam de ajuda e orientação, seja para o resgate de dívidas morais do passado com entidades necessitadas, cujo estado inferior se deve, em parte ou totalmente, a ações do médium em vidas passadas.
O médium não desfruta apenas as vantagens da mediunidade generalizada, pois vê-se investido de uma missão mediúnica a que os espíritos deram o nome de mediunato.
Neste caso o médium é continuamente solicitado para atender a entidades desencarnadas carentes de auxílio e elucidação. Se rejeita seu compromisso ou tenta protelá-lo, fica sujeito a perturbações e finalmente a obsessões. Não obstante o determinismo implícito no mediunato, o seu livre arbítrio continua inato.
Assim como escolheu e pediu essa situação ao voltar a encarnação, assim também poderá agora optar pelo cumprimento ou não do compromisso, arcando com as conseqüências da fuga ao dever.
O mediunato é também concedido em caso de assistência ao próximo e ajuda a humanidade, como nos mostra o exemplo histórico das meninas Baudim, Julia e Carolina com 14 e 16 anos, em Paris, cuja mediunidade admirável garantiu o êxito da missão de Kardec. Mas o Próprio Kardec não era médium, porque a sua missão era cientifica e não mediúnica.
Não era um profeta, nem um vidente ou messias. Era um pesquisador incansável e exigente. A volumosa, minuciosa e inabalável obra que deixou, formando um maciço de mais de vinte volumes de quatrocentas páginas em média, mostra porque ele não podia dispor de um mediunato. Tina de dedicar-se inteiramente, como se dedicou até a exaustão, ao trabalho intelectual.
É grandiosa a epopéia humilde desse pesquisador solitário de uma ciência que todos combatiam e ridicularizavam. Para compreender melhor a razão pela qual Kardec não teve mediunato, basta lembrar o caso de Swedenborg, na Suécia, e de Andrew Jakson Davis nos Estados Unidos. O primeiro era dos maiores sábios do século XVIII, amigo de Kant e foi o precursor do espiritismo, dotado de extraordinária vidência, mas perdeu-se nas sua próprias visões, fascinado pela realidade invisível, acabou criando uma seita eivada de absurdos.
O segundo, também vidente, lançou uma série de livros em que o fantástico supera as possibilidades do real. Os fenômenos mediúnicos são mais difíceis de se examinar com frieza. O médium não escapa aos impactos emocionais dessas manifestações, como Kardec viu no próprio exemplo de Flammarion.
Por outro lado, a condição de médium o tornaria suspeito aos olhos desconfiados dosm homens de ciência. Mesmo no meio espírita o critério de Kardec ainda não foi suficientemente compreendido. Há os que censuram o seu comedimento em tratar de assuntos melindrosos da época. Não entendem o valor do Livro dos Médiuns e vivem a procura de novidades apresentadas em obras mediúnicas suspeitas.
A vidência, como todas as formas de mediunidade pode ocorrer ocasionalmente a qualquer pessoa, mas a sua ação permanente, nos casos de mediunato pode bloquear a razão e excitar o misticismo.
Nestes casos místicos está sujeito a enganos fatais. O espírito encarnado está condicionado à vida do plano material, não dispondo de segurança para lidar com problemas do Plano Espiritual, pois seu inconsciente destina-se a funcionar normalmente na vida futura ou seja, no Plano Espiritual. Kardec observou tudo isso com rigor através de pesquisas incessantes publicadas na Revista Espírita.
O mediunato da vidência existe, mas para fins de auxílio às pesquisas ou para as demonstrações da verdade espírita. A codificação não é obra de vidência, mas de pesquisa cientifica realizada por Kardec sob orientação e vigilância dos Espíritos Superiores.
Ao tratar de assuntos espíritas estamos agindo num campo magnético em que se digladiam as forças do bem e do mal. Nem sempre sabemos distingui-las com segurança e podemos deixar-nos levar por correntes de pensamentos desnorteantes.
A obra de Kardec é a bússola em que podemos confiar. Ela é pedra de toque que podemos usar para aferir a legitimidade de ou não das pedras aparentemente preciosas que os garimpeiros de novidades nos querem vender.
Essa obra repousa na experiência de Kardec e na sabedoria do Espírito de Verdade. Se não confiamos nela, é melhor abandonarmos o espiritismo. O mediunato exige o nosso esforço contínuo na luta para sustentação da verdade espírita no mundo.
Nosso Livre arbítrio não pode ser violado, mas quando aceitamos as mistificações de pretensos reformadores usamos o livre arbítrio na escolha infeliz que então fazemos.
Extraído do Livro mediunidade de Herculano Pires.
É E permanece geralmente em êxtase, com manifestações moderadas e quase imperceptíveis, ou seja, discreta e sutil.
A falta de conhecimento dessa divisão acarreta dificuldades e inconvenientes na prática mediúnica, particularmente nos trabalhos de centros e grupos. A mediunidade natural e generalizada não é propriamente uma forma de energia que permanece no organismo corporal no estado letárgico. É simplesmente a disposição natural do espírito para expandir-se, projetar-se e entrar em relação com outros espíritos.
Nossa mente funciona, segundo acentua Jonh Chinwald em seu estudo sobre relações inter-pessoais, como ativo centro emissor e receptor de pensamento. Estamos sempre conversando sem o perceber. Muitos dos nossos monólogos são diálogos com outras pessoas ou com espíritos.
Emmanuel e André Luiz, pelo Chico Xavier, diferem se a inquirições mentais que certos espíritos nos fazem seja para avaliar o nosso estado mental e ajudar-nos a corrigi-los, seja para fins obsessivos. Um obsessor se aproxima de nós e sugere mentalmente o nome ou figura de uma pessoa. Começamos a pensar nessa pessoa e a desfilar na mente os dados que possuímos sobre ela.
O obsessor insiste e sem percebermos, vamos dando a ficha da pessoa ou as nossas opiniões sobre ela. Ajudamos o obsessor sem saber. De outras vezes ele pretende saber qual é a nossa posição em determinado caso de desentendimento a respeito de seu amigo. Nós a revelamos e ela passa a envolver-nos num processo obsessivo. Por isso Jesus aconselhou: Vigiai e orai. Devemos vigiar os nossos pensamentos e orar por aqueles que consideramos em erro.
Se assim o fizermos, certamente nos livraremos de muitas perturbações, e muitos aborrecimentos desnecessários. Os colóquios do homem são sempre observados pelas testemunhas invisíveis, boas ou más, que nos cercam.
A mediunidade natural funciona como imanente no nosso psiquismo, faz parte da nossa constituição humana. Recorrem às casas espíritas muitas pessoas perturbadas e até obsedadas, que em geral são consideradas como médiuns em fase de desenvolvimento. O que não passam de vítimas de perseguições de espíritos inferiores, resultante de inquirições mentais dos mesmos.
Precisam de passes, de participações nas sessões, mas não sentar-se à mesa mediúnica para educar a mediunidade. Após tratados livram-se dos sintomas, pela própria correção de seu pensamento em relação a vida, em relação as pessoas.
Essas pessoas não estão investidas do mediunato e não precisam educar a mediunidade. Esta lhe serve para guiar-lhe na vida através de intuições e percepções extra-sensorial. Os problemas obsessivos serviram para aproximá-la do espiritismo, se continuar compreenderá o enredo da providência a seu beneficio.
As pessoas não dotadas de mediunato podem ser muito sensíveis e intuitivas, dispondo de percepções eficazes em todas as circunstâncias, que podem ser aproveitadas no movimento espírita, depois de tratados e instruídos. As obsessões não são produzidas apenas por espíritos. Há casos de obsessões telepáticas, provocadas por pessoas vivas.
Kardec tratou desses casos referindo-se à telepatia como telegrafia humana. Sentimento de aversão, de ódio, de vingança, acompanhado de pensamentos agressivos, podem dar a impressão de verdadeiros processos de obsessão por espíritos inferiores. Estes geralmente se envolvem e nas sessões, passam como os responsáveis nas perturbações que intrometeram-se, enganando dirigentes menos visados.
O Dr. Ehrenwal relata um caso da sua clinica psicanalítica, em que um rapaz era rejeitado pelos companheiros de pensão. A rejeição era oculta, pois todos fingiam apreciá-lo. Afastando o paciente para outro meio, os sintomas obsessivos desapareceram gradualmente, na proporção em que os algozes o esqueciam.
A mediunidade natural aflora, às vezes, dadas as circunstâncias favoráveis, numa eclosão semelhante à educação mediúnica. Há casos de premonição que surgem de perigo eventual, casos de vidência passageira, que parecem sintomas de mediunato em eclosão.
É difícil saber-se de imediato, o que se passa, principalmente em virtude do estado emocional dos pacientes. Mas basta uma observação paciente, com que freqüência às sessões mediúnicas para logo se verificar que se trata apenas de ocorrências isoladas e ocasionais. A mediunidade natural tende sempre a voltar à sua acomodação no psiquismo normal e manifestando-se de forma generalizada, como eclosão da mediunidade intuitiva, pois é o prelúdio da mesma.
O que às vezes complica é a insistência do desenvolvimento mediúnico ou aplicações terapêuticas de choques e dosagens excessivas de drogas nos receituários médicos.
MEDIUNATO
A mediunidade ativa ou mediunato, não age de maneira discreta e sutil, como a mediunidade generalizada. Pelo contrário, extravasa agitada em fenômenos de captação e projeção, não raro explodindo em casos de obsessões.
É chamada mediunidade de serviço, destinada ao auxílio e ao socorro do próximo. Decorre de compromissos assumidos no Plano espiritual, seja para auxiliar indiscriminadamente os que necessitam de ajuda e orientação, seja para o resgate de dívidas morais do passado com entidades necessitadas, cujo estado inferior se deve, em parte ou totalmente, a ações do médium em vidas passadas.
O médium não desfruta apenas as vantagens da mediunidade generalizada, pois vê-se investido de uma missão mediúnica a que os espíritos deram o nome de mediunato.
Neste caso o médium é continuamente solicitado para atender a entidades desencarnadas carentes de auxílio e elucidação. Se rejeita seu compromisso ou tenta protelá-lo, fica sujeito a perturbações e finalmente a obsessões. Não obstante o determinismo implícito no mediunato, o seu livre arbítrio continua inato.
Assim como escolheu e pediu essa situação ao voltar a encarnação, assim também poderá agora optar pelo cumprimento ou não do compromisso, arcando com as conseqüências da fuga ao dever.
O mediunato é também concedido em caso de assistência ao próximo e ajuda a humanidade, como nos mostra o exemplo histórico das meninas Baudim, Julia e Carolina com 14 e 16 anos, em Paris, cuja mediunidade admirável garantiu o êxito da missão de Kardec. Mas o Próprio Kardec não era médium, porque a sua missão era cientifica e não mediúnica.
Não era um profeta, nem um vidente ou messias. Era um pesquisador incansável e exigente. A volumosa, minuciosa e inabalável obra que deixou, formando um maciço de mais de vinte volumes de quatrocentas páginas em média, mostra porque ele não podia dispor de um mediunato. Tina de dedicar-se inteiramente, como se dedicou até a exaustão, ao trabalho intelectual.
É grandiosa a epopéia humilde desse pesquisador solitário de uma ciência que todos combatiam e ridicularizavam. Para compreender melhor a razão pela qual Kardec não teve mediunato, basta lembrar o caso de Swedenborg, na Suécia, e de Andrew Jakson Davis nos Estados Unidos. O primeiro era dos maiores sábios do século XVIII, amigo de Kant e foi o precursor do espiritismo, dotado de extraordinária vidência, mas perdeu-se nas sua próprias visões, fascinado pela realidade invisível, acabou criando uma seita eivada de absurdos.
O segundo, também vidente, lançou uma série de livros em que o fantástico supera as possibilidades do real. Os fenômenos mediúnicos são mais difíceis de se examinar com frieza. O médium não escapa aos impactos emocionais dessas manifestações, como Kardec viu no próprio exemplo de Flammarion.
Por outro lado, a condição de médium o tornaria suspeito aos olhos desconfiados dosm homens de ciência. Mesmo no meio espírita o critério de Kardec ainda não foi suficientemente compreendido. Há os que censuram o seu comedimento em tratar de assuntos melindrosos da época. Não entendem o valor do Livro dos Médiuns e vivem a procura de novidades apresentadas em obras mediúnicas suspeitas.
A vidência, como todas as formas de mediunidade pode ocorrer ocasionalmente a qualquer pessoa, mas a sua ação permanente, nos casos de mediunato pode bloquear a razão e excitar o misticismo.
Nestes casos místicos está sujeito a enganos fatais. O espírito encarnado está condicionado à vida do plano material, não dispondo de segurança para lidar com problemas do Plano Espiritual, pois seu inconsciente destina-se a funcionar normalmente na vida futura ou seja, no Plano Espiritual. Kardec observou tudo isso com rigor através de pesquisas incessantes publicadas na Revista Espírita.
O mediunato da vidência existe, mas para fins de auxílio às pesquisas ou para as demonstrações da verdade espírita. A codificação não é obra de vidência, mas de pesquisa cientifica realizada por Kardec sob orientação e vigilância dos Espíritos Superiores.
Ao tratar de assuntos espíritas estamos agindo num campo magnético em que se digladiam as forças do bem e do mal. Nem sempre sabemos distingui-las com segurança e podemos deixar-nos levar por correntes de pensamentos desnorteantes.
A obra de Kardec é a bússola em que podemos confiar. Ela é pedra de toque que podemos usar para aferir a legitimidade de ou não das pedras aparentemente preciosas que os garimpeiros de novidades nos querem vender.
Essa obra repousa na experiência de Kardec e na sabedoria do Espírito de Verdade. Se não confiamos nela, é melhor abandonarmos o espiritismo. O mediunato exige o nosso esforço contínuo na luta para sustentação da verdade espírita no mundo.
Nosso Livre arbítrio não pode ser violado, mas quando aceitamos as mistificações de pretensos reformadores usamos o livre arbítrio na escolha infeliz que então fazemos.
Extraído do Livro mediunidade de Herculano Pires.