terça-feira, 14 de agosto de 2012

“Phantasmagoria” o Desrespeito com o Desconhecido!


Há alguns dias, o Programa Fantástico estreou um novo quadro chamado “Phantasmagoria”, no qual há uma evidente falta de respeito com o mundo sobrenatural. Isso é corroborado principalmente pelo nome do quadro, que à luz do Dicionário Aurélio Buarque de Holanda quer dizer: “Arte de fazer aparecer,” “de fazer ver”, “figuras luminosas na escuridão”,
“falsa aparência”. 

Dessa forma, o próprio nome da atração já ilustra a intenção de provar que todo o sobrenatural investigado na série, será considerado como “Falsa Aparência” ou uma “Arte de Fazer Aparecer”.

Nesse caso, cremos que o preconceito nem está tão velado como em outros casos, ao passo que seja o nome da atração, seja o modo como o mesmo está sendo conduzido, impulsiona o telespectador a acreditar que para todo e qualquer tipo de manifestação sobrenatural, há uma explicação cientifica. Tende ao expectador, ainda, crer que essas manifestações podem simplesmente ser motivadas por uma planta, ou por um facho de luz, conforme explanaram nos últimos dois programas.

Fato é que, nem tudo é sobrenatural, nem tudo é uma manifestação do além, não podemos olvidar nosso pensamento disso. Não obstante, é torpe o advento de um quadro que em momento algum é imparcial, que já nasceu com o claro objetivo de desmoralizar o desconhecido. Basta lembrar que ao lado do apresentador Tadeu Schimit está um Mágico-Ilusionista, o que vem ao encontro da tese que tratam o sobrenatural como um mundo de fantasias. Porque não uma pessoa que estuda esses fenômenos seriamente, ao invés de um ilusionista?

Apesar das tomadas de cena com tom de filmes de suspense, ou da credulidade de alguns participantes, o tom de zombaria reina na atração, onde o telespectador por meio de gravações, ou ponto eletrônico, solicita aos participantes, geralmente em quarto escuro ou jardim sombrio indagaram: “Tem alguém aí”?; “Beltrano, você está aí”? Chega a ser burlesca a forma com a qual tratam o aludido tema, fazendo-nos pensar tratar-se de uma comédia de péssimo gosto. Será que realmente eles acreditam que o telespectador estará à espreita de ouvir a resposta: “Sim, estou aqui senhor Tadeu Shimith e Mágico Kronnus”.

Preocupa-nos esse tipo de atrações, vez que amanhã poderá surgir algo do tipo: “Òrìsà, manifestação do sagrado ou introjeção”?

É lamentável que esse tipo de tema seja abordado com tamanho descaso. Conforme exposto acima, nem tudo é manifestação sobrenatural, mas nem para tudo há uma explicação científica, ou um jogo de luzes, ou uma planta. O sobrenatural existe!

Quando surgem esses tipos de séries, mais do que discernimento e imparcialidade é fundamental haver respeito, respeito ao desconhecido. Sem isso, é melhor que fiquem somente na mente do individuo ímpio que as criou.

Que Òsùmàrè Arákà esteja sempre olhando e abençoando todos!!!
Ilé Òsùmàrè Aràká Àse Ògòdó