sábado, 23 de junho de 2012

PALESTRA SOBRE MEDIUNIDADE - PARTE 2





MEDIUNIDADE DE INCORPORAÇÃO




Inconsciente 

Neste caso, a posse do guia sobre o corpo do médium é total. Uma vez terminada a incorporação, o médium de nada recordará dos fatos ou pessoas que com os seus guias tiveram contato. Esse tipo de mediunidade NÃO É COMUM. Na média, a cada 100 médiuns, em início de seu desenvolvimento, de 1 a 3 médiuns poderão ser totalmente inconscientes. 

Semiconsciente 

Neste caso, o médium ao final da incorporação, terá vagas lembranças dos fatos e pessoas que com o seu guia tiveram contato. A manifestação do guia será forte e claramente sentida pelo médium, porém, a lembrança dos fatos desaparece rapidamente, podendo-se comparar a um sonho, rapidamente esquecido. Esse tipo de mediunidade é mais comum, ou seja, a cada 100 médiuns em início de seu desenvolvimento, 15 ou 20 estarão desta forma classificados. 

Consciente 

Neste caso, o médium, uma vez incorporado, permanecerá lúcido e perceberá totalmente o que se passa a sua volta. 

O médium, porém, terá a certeza de estar sendo comandado, isso porque perceberá fatos, como movimentos das mãos e dos braços, sem o seu comando, perceberá a pronúncia de palavras e frases sem o seu comando, e ainda perceberá o movimento do corpo, também sem o seu comando. 

A mediunidade de incorporação consciente é a que mais confusão causa na mente do médium. Muitos a classificam de intuitiva, na qual o médium transmite com suas palavras às idéias ou mensagens que o seu guia envia à sua mente. 

Esse tipo de mediunidade é a mais comum, ou seja, dos 100 médiuns citados como exemplo, em que separamos os inconscientes e semiconscientes, todos os demais serão inicialmente conscientes. 

Dizemos inicialmente conscientes porque, com o passar do tempo, a afinidade do médium com o seu guia, aliada à fé que o médium desenvolver em seu guia, bem como ao seu desenvolvimento moral, junto com seu merecimento, poderá essa consciência ser aos poucos retirada, podendo o médium chegar aos outros dois estágios. Porém, será necessário muito merecimento, muita fé e muita dedicação por parte do médium.

SINTOMAS DA MEDIUNIDADE


Manoel P. de Miranda (espírito) 

A mediunidade é faculdade inerente a todos os seres humanos, que um dia se apresentará ostensiva mais do que ocorre no presente momento histórico. 

À medida que se aprimoram os sentidos sensoriais, favorecendo com mais amplo cabedal de apreensão do mundo objetivo, amplia-se a embrionária percepção extrafísica, ensejando o surgimento natural da mediunidade. 

Não poucas vezes, é detectada por características especiais que podem ser confundidas com síndromes de algumas psicopatologias que, no passado, eram utilizadas para combater a sua existência. 

Não obstante, graças aos notáveis esforços e estudos de Allan Kardec, bem como de uma plêiade de investigadores dos fenômenos paranormais, a mediunidade vem podendo ser observada e perfeitamente aceita com respeito, face aos abençoados contributos que faculta ao pensamento e ao comportamento moral, social e espiritual das criaturas. 

Sutis ou vigorosos, alguns desses sintomas permanecem em determinadas ocasiões gerando mal-estar e dissabor, inquietação e transtorno depressivo, enquanto que, em outros momentos, surgem em forma de exaltação da personalidade, sensações desagradáveis no organismo, ou antipatias injustificáveis, animosidades mal disfarçadas, decorrência da assistência espiritual de que se é objeto. 

Muitas enfermidades de diagnose difícil, pela variedade da sintomatologia, têm suas raízes em distúrbios da mediunidade de prova, isto é, aquela que se manifesta com a finalidade de convidar o Espírito a resgates aflitivos de comportamentos perversos ou doentios mantidos em existências passadas. 

Por exemplo, na área física: dores no corpo, sem causa orgânica; cefalalgia periódica, sem razão biológica; problemas do sono - insônia, pesadelos, pavores noturnos com sudorese -; taquicardias, sem motivo justo; colapso periférico sem nenhuma disfunção circulatória, constituindo todos eles ou apenas alguns, perturbações defluentes de mediunidade em surgimento e com sintonia desequilibrada. 

No comportamento psicológico, ainda apresentam-se: ansiedade, fobias variadas, perturbações emocionais, inquietação íntima, pessimismo, desconfianças generalizadas, sensações de presenças imateriais - sombras e vultos, vozes e toques - que surgem inesperadamente, tanto quanto desaparecem sem qualquer medicação, representando distúrbios mediúnicos inconscientes, que decorrem da captação de ondas mentais e vibrações que sincronizam com o perispírito doenfermo, procedentes de Entidades sofredoras ou vingadoras, atraídas pela necessidade de refazimento dos conflitos em que ambos - encarnado e desencarnado - se viram envolvidos. 

Esses sintomas, geralmente pertencentes ao capítulo das obsessões simples, revelam presença de faculdade mediúnica em desdobramento, requerendo os cuidados pertinentes à sua educação e prática. 

Nem todos os indivíduos, no entanto, que se apresentam com sintomas de tal porte, necessitam de exercer a faculdade de que são portadores. Após a conveniente terapia que é ensejada pelo estudo do Espiritismo e pela transformação moral do paciente, que se fazem indispensáveis ao equilíbrio pessoal, recuperam a harmonia física, emocional e psíquica, prosseguindo, no entanto, com outra visão da vida e diferente comportamento, para que não lhe aconteça nada pior,conforme elucidava Jesus após o atendimento e a recuperação daqueles que O buscavam e tinham o quadro de sofrimentos revertido. 

Grande número, porém, de portadores de mediunidade, tem compromisso com a tarefa específica, que lhe exige conhecimento, exercício, abnegação, sentimento de amor e caridade, a fim de atrair os Espíritos Nobres, que se encarregarão de auxiliar a cada um na desincumbência do mister iluminativo. 

Trabalhadores da última hora, novos profetas, transformando-se nos modernos obreiros do Senhor, estão comprometidos com o programa espiritual da modificação pessoal, assim como da sociedade, com vistas à Era do Espírito imortal que já se encontra com os seus alicerces fincados na consciência terrestre. 

Quando, porém, os distúrbios permanecerem durante o tratamento espiritual, convém que seja levada em conta a psicoterapia consciente, através de especialistas próprios, com o fim de auxiliar o paciente-médium a realizar o auto-descobrimento, liberando-se de conflitos e complexos perturbadores, que são decorrentes das experiências infelizes de ontem como de hoje. 

O esforço pelo aprimoramento interior aliado à prática do bem, abre os espaços mentais à renovação psíquica, que se enriquece de valores otimistas e positivos que se encontram no bojo do Espiritismo, favorecendo a criatura humana com alegria de viver e de servir, ao tempo que a mesma adquire segurança pessoal e confiança irrestrita em Deus, avançando sem qualquer impedimento no rumo da própria harmonia. 

Naturalmente, enquanto se está encarnado, o processo de crescimento espiritual ocorre por meio dos fatores que constituem a argamassa celular, sempre passível de enfermidades, de desconsertos, de problemas que fazem parte da psicosfera terrestre, face à condição evolutiva de cada qual. 

A mediunidade, porém, exercida nobremente se torna uma bandeira cristã e humanitária, conduzindo mentes e corações ao porto de segurança e de paz. 

A mediunidade, portanto, não é um transtorno do organismo. O seu desconhecimento, a falta de atendimento aos seus impositivos, geram distúrbios que podem ser evitados ou, quando se apresentam, receberem a conveniente orientação para que sejam corrigidos. 

Tratando-se de uma faculdade que permite o intercâmbio entre os dois mundos - o físico e o espiritual - proporciona a captação de energias cujo teor vibratório corresponde à qualidade moral daqueles que as emitem, assim como daqueles outros que as captam e as transformam em mensagens significativas. 

Nesse capítulo, não poucas enfermidades se originam desse intercâmbio, quando procedem as vibrações de Entidades doentias ou perversas, que perturbam o sistema nervoso dos médiuns incipientes, produzindo distúrbios no sistema glandular e até mesmo afetando o imunológico, facultando campo para a instalação de bactérias e vírus destrutivos. 

A correta educação das forças mediúnicas proporciona equilíbrio emocional e fisiológico, ensejando saúde integral ao seu portador. 

É óbvio que não impedirá a manifestação dos fenômenos decorrentes da Lei de Causa e Efeito, de que necessita o Espírito no seu processo evolutivo, mas facultará a tranqüila condução dos mesmos sem danos para a existência, que prosseguirá em clima de harmonia e saudável, embora os acontecimentos impostos pela necessidade da evolução pessoal. 

Cuidadosamente atendida, a mediunidade proporciona bem-estar físico e emocional, contribuindo para maior captação de energias revigorantes, que alçam a mente a regiões felizes e nobres, de onde se podem haurir conhecimentos e sentimentos inabituais, que aformoseiam o Espírito e o enriquecem de beleza e de paz. 

Superados, portanto, os sintomas de apresentação da mediunidade, surgem as responsabilidades diante dos novos deveres que irão constituir o clima psíquico ditoso do indivíduo que, compreendendo a magnitude da ocorrência, crescerá interiormente no rumo do Bem e de Deus. (Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, no dia 10 de julho de 2000, em Paramirim, Bahia). (Jornal Mundo Espírita de Março de 2001) 

PRINCIPAIS SINTOMAS DA MEDIUNIDADE 

a) Sintoma clássico: suor excessivo nas mãos e axilas, principalmente nas mãos. As mãos ficam molhadas, quase geladas. Os pés também podem ficar gelados; as maçãs do rosto muito vermelhas e quentes; as orelhas ardem. 

b) Depressão psíquica: a pessoa fica totalmente instável, passando de uma grande alegria para uma profunda tristeza sem motivo aparente. Fica melancólica e sente uma profunda solidão. É como se o mundo todo estivesse voltado contra ela. É facilmente irritável e, nessa fase, ela vai ferir com palavras e gestos aqueles que mais gosta. 

c) Alterações no sono: sono profundo ou insônia. A insônia é provocada pela aceleração no cérebro devida à vibração. Os pensamentos 
voam de um assunto para outro, incontroláveis, e a pessoa não consegue dormir. O sono profundo é devido à perda de ectoplasma, de
força vital. Há um enfraquecimento geral do organismo e as vibrações da pessoa são reduzidas. 

d) Perda de equilíbrio e sensação de desmaio: a perda de equilíbrio é uma sensação muito rápida. A pessoa pensa que vai cair e tenta 
se segurar em alguma coisa, mas a sensação termina antes que ela consiga fazer qualquer gesto. É extremamente desagradável. A 
sensação de desmaio normalmente ocorre quando a vibração abandona a pessoa bruscamente. Ela fica muito pálida e tem que sentar 
para não cair. Às vezes ocorre sensação de vômito ou de diarréia.Um copo de água com bastante açúcar e respiração pela narina direita 
normalmente bastam para contornar essa situação.

e) Taquicardia: comum em algumas pessoas. Há uma súbita alteração no ritmo dos batimentos cardíacos, fruto do aceleramento 
provocado pela vibração atuando.

f) Medos e fobias: a pessoa fica com medo de sair sozinha, de se alimentar, de tomar remédios, pois acha que tudo lhe fará mal. Às vezes tem medo de dormir sozinha ou com a luz apagada. 

É muito comum, também, uma total insegurança em tudo o que vai fazer. Todos esses sintomas tendem a desaparecer com a preparação espiritual e o desenvolvimento mediúnico, mas o tempo necessário ao desenvolvimento dependerá muito do grau de mediunidade, do interesse e da preparação espiritual do médium.

MEDIUNIDADE DE CURA - PARTE 2

AS CURAS ESPIRITUAIS FAZEM PARTE DA MEDIUNIDADE DE EFEITOS FÍSICOS 

A mediunidade curadora “consiste (...) no dom que certas pessoas possuem de curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de qualquer medicação. O fluido magnético desempenha aí importante papel.” Kardec: O Livro dos Médiuns, cap. 14. item 175 (médiuns curadores). 

MECANISMOS DAS CURAS ESPIRITUAIS 

A ação curadora depende da intervenção dos Espíritos que, associando os fluidos dos médiuns e os da natureza aos seus, produzem curas, segundo os ditames da lei de causa e efeito. 

O Espírito, encarnado ou desencarnado, é o agente propulsor que infiltra num corpo deteriorado uma parte do seu envoltório fluídico. Allan Kardec: A Gênese, cap. 14. 

O ectoplasma - utilizado nas materializações, nas cirurgias espirituais e nos processos de cura intensos – é formado de 3 tipos de fluidos: A (forças superiores do plano espiritual); B (dos encarnados) C (da natureza terrestre: minerais e vegetais). André Luiz:Nos Domínios da Mediunidade, cap. 28. A cura se opera pela substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. 

Depende ainda das intenções daquele que deseje realizar as curas. O poder curativo estará, pois, na razão direta da pureza da substância inoculada; mas depende também da energia da vontade que, quanto maior for, tanto mais abundante emissão fluídica provocará e tanto mais força de penetração dará ao fluido. Allan Kardec: A Gênese, cap. 14. 

O Paralítico de Cafarnaum: 

“E vieram ter com ele, conduzindo um paralítico, trazido por quatro. E, não podendo aproximar-se dele, 

por causa da multidão, descobriram o telhado onde estava e, fazendo um buraco, baixaram o leito em 

que jazia o paralítico. E Jesus, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus pecados. E estavam ali assentados alguns dos escribas, que arrazoavam em seu coração, dizendo: Por que diz este assim blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus? E Jesus, conhecendo logo em seu espírito que assim arrazoavam entre si, lhes disse: (...) Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados (disse ao paralítico), a ti te digo: Levanta-te, e toma o teu leito, e vai para tua casa.” (Marcos, 2:2-12) 

1. Exercício 

Analise o papel da fé na cura do paralítico. Explique, a luz do entendimento espírita, o que significa estas palavras de Jesus: “Filho, perdoados estão os teus pecados.” Porque Jesus “tem na Terra poder para perdoar pecados”? 

2. O Cego de Betsaida: 


“Então, chegaram a Betsaida; e lhe trouxeram um cego, rogando-lhe que o tocasse. Jesus, tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia e, aplicando-lhe saliva aos olhos e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe: Vês alguma coisa? Este, recobrando a vista, respondeu: Vejo os homens, porque 

como árvores os vejo, andando. Então, novamente lhe pôs as mãos nos olhos, e ele, passando a ver claramente, ficou restabelecido; e tudo distinguia de modo perfeito.” (Marcos, 8:22-25) 

2. Exercício 

Analise, à luz do Espiritismo: 

1) o sentido do verbo tocar na frase “e lhe trouxeram um cego, rogando-lhe que o tocasse”; 

2) por que a cura da visão exigiu duas ações de Jesus: usar saliva sobre os olhos do doente e fazer imposição de mãos? 

3. O Homem da mão seca “E aconteceu também, em outro sábado, que entrou na sinagoga e estava ensinando; e havia ali um homem que tinha a mão direita mirrada [seca]. 

E os escribas e fariseus atentavam nele, se o curaria no sábado, para acharem de que o acusar. Mas ele, conhecendo bem os seus pensamentos, disse ao homem que tinha a mão mirrada: Levanta-te e fica em pé no meio. E, levantando-se ele, ficou em pé. 

Então, Jesus lhes disse: Uma coisa vos hei de perguntar: É lícito nos sábados fazer bem ou fazer mal? Salvar a vida ou matar? E, olhando para todos ao redor, disse ao homem: Estende a mão. E ele assim o fez, e a mão lhe foi restituída sã como a outra.” (Lucas, 6:6-10) 

3. Exercício 

A lei moisaica determinava que o sábado era dia de servir ao Senhor, proibindo qualquer atividade que não se relacionasse às práticas do culto, dentro ou fora do templo, inclusive fazer o bem. Explique por que Jesus rompeu esta tradição. Analise a manifestação da lei de causa e efeito na cura realizada por Jesus.