domingo, 4 de novembro de 2012

Reencarnação existe ou não?




Reencarnação existe ou não?

Novembro 2, 2012 por Fernando D'Osogiyan


“Se acharmos que uma grande desgraça nos espera, certamente veremos o que vier a ocorrer como uma desgraça. Se estivermos aguardando por um momento de iluminação, de expansão da consciência, provavelmente é isso que provaremos. Se acharmos que tudo é história da carochinha e que nada mudará, provavelmente nossos olhos não conseguirão enxergar nenhuma mudança verdadeira.

Em qualquer circunstância, pode-se dizer que o nosso padrão de pensamento cria a nossa realidade. Tudo o que vivenciamos é interpretado e decodificado a partir das crenças e ideias que alimentamos a respeito. Por exemplo, diante da mesma afirmação da Bíblia, em questões extremamente controvertidas em que católicos, protestantes e espíritas pensam de forma diametralmente oposta, todos eles defendem, com total honestidade, a ideia de que no que está dito em determinada passagem (a mesma para todos) está precisamente a prova de que eles estão certos e os outros errados. E cada um deles acredita piamente nisso.

Assim, é possível que talvez não exista “realidade” e “verdade” como algo absoluto. No nosso mundo físico, material, toda e qualquer realidade é relativa, e não há como dissociá-la do referencial a partir do qual ela é vista. Hoje sabemos que a matéria como algo sólido não existe, no entanto ela é absolutamente real aos nosso sentidos.
A nossa verdade, por exemplo, é que para nós o mundo é colorido, a verdade do cachorro é que o mundo é preto e branco, a verdade do inseto é que o mundo é quadriculado. Animais que enxergam cores fora do nosso espectro veem um mundo em cores para nós inexistentes. É duvidosa a existência de um mundo “absoluto” e, como seres humanos, jamais saberemos se existe e, em caso positivo, como seria, pois vivemos no mundo que podemos e que acreditamos conhecer.

Durante o sonho, o sonho não é real? E muitas vezes, não mudamos os contextos, no sonho, ao nosso bel prazer? Do mesmo modo, durante a nossa vida, a vida é real para nós, e dela fazemos o que queremos, já que não temos como contrastá-la simultaneamente com qualquer “outra realidade”. Isso se estende muito além do mundo captado pelos sentidos físicos. Estende-se ao mundo do conhecimento, das ideias, das crenças e da imaginação. Estende-se à totalidade do nosso ser, daquilo que ele pensa que é, e do mundo em que ele pensa que está.

Em sentido absoluto, nada sabemos. Como dizia Sócrates, “o meu único saber é que sei que nada sei”. Admitir isso significa fazer o que a fìsica quântica hoje está fazendo: abrir-se para toda e qualquer possibilidade, sem excluir nenhuma, já que tudo aquilo que nossa mente excluir, excluído estará, ipso facto, do nosso universo pessoal de possibilidades. Por que e para que nos limitarmos? Alguns dirão: para não enlouquecermos. Mas não seria uma loucura maior fecharmos tantas portas mentais, a priori, impedindo que uma série de “realidades” possa ocorrer conosco, já que as expurgamos desde logo do campo dos pensamentos das “possibilidades possíveis”? Acaso é possível, fora do universo físico que conhecemos, afirmar a existência de “possibilidades impossíveis”?

Claro que essa visão constitui abominação para qualquer religião, já que toda religião tem a pretensão de nos oferecer um pacote de “verdades absolutas”. E nem poderia ser diferente, já que toda religião foi criada e organizada por homens, embora estes sempre se atribuam a condição de arautos do próprio Criador.

Se o ser humano se levasse menos a sério e fosse menos obsecado pela “verdade”, talvez ele conseguisse experienciar um campo de “realidade” muito maior, se permitindo tangenciar “realidades” bem mais interessantes e criativas das que ele se permite “conhecer”.

Assim como os budistas dizem que a única coisa permanente é a impermanência, parece fazer todo sentido dizer que a única coisa absoluta, para o ser humano, é a total relativização ou, se se preferir, que a única verdade, para o ser humano, é a ilusão. Já Orixalistas não creem em reencarnação, creem no retorno contínuo da nossa energia advinda de uma energia matriz.

Ao me perguntar sobre a reencarnação, eu disse que, provavelmente, os que acreditassem nela reencarnariam, ou achariam que reencarnariam, e os que não acreditassem, não reencarnariam, ou assim achariam. Concordo que parece um discurso totalmente absurdo, Mas talvez não necessariamente o seja.

O verdadeiro alcance e a magnitude da célebre advertência: “Assim como creres, assim será”, talvez seja bem mais literal e infinitamente mais amplo do que se possa supor.”

Façam uma reflexão gradativa e sem apegos e sem documentos superiores, sejam idônios, pois é muito mais fácil saber o que vamos fazer amanhã.

INTERPRETAÇÃO DE SONHOS




É no momento do sono que nosso espírito se desprende do corpo físico, permanecendo ligado por um cordão fluídico, e assume suas capacidades espirituais.

Como está descrito no Evangelho Segundo o Espiritismo, "o sono foi dado ao homem para a reposição das forças orgânicas e morais. Enquanto o corpo recupera as energias que perdeu pela atividade no dia anterior, o espírito vai se fortalecer entre outros espíritos".

Por isso a importância de termos uma conduta moral aplicada, com boas companhias, leituras e músicas. Nossas companhias do dia serão as da noite, ou seja, o nosso pensamento vai atrair espíritos encarnados ou desencarnados que tenham a mesma sintonia que a nossa.

É através dos sonhos que temos contato com amigos, parentes, instrutores e desafetos. Dessa forma, precisamos aproveitar o máximo para podermos ser esclarecidos sobre as dificuldades que estamos passando. É através dessa conversa que teremos com esses espíritos afins que poderemos, no dia seguinte, estarmos aptos a tomar decisões mais precisas. Mesmo não lembrando do sonho na maioria das vezes, através de uma visão, uma frase ou uma conversa, podemos lembrar de algo que nos foi elucidado durante o sonho e, assim, podermos tomar a decisão correta.

Existem sonhos proféticos, em que a pessoa tem visões de acontecimentos futuros? A experiência diz que sim. A Bíblia é um repositório de fatos dessa natureza. Destaque especial para os sonhos do faraó, interpretados por José, filho de Jacó, sobre anos de fartura e escassez que se aproximavam.
Os sonhos do faraó falavam particularmente em sete vacas gordas e sete vacas magras, algo nebuloso. É assim mesmo? Sonhos proféticos exprimem, geralmente, intervenção de mentores espirituais. Eles não falam de forma simbólica, mas a pessoa registra como simbolismo, em face da dificuldade em fazer a transposição de uma experiência extracorpórea para o cérebro físico. 

Por que isso acontece? Nosso cérebro tem registro objetivo apenas para experiência que passam pelos cinco sentidos – tato, paladar, olfato, visão e audição. Essa é uma das razões pelas quais não lembramos das existências anteriores. Ao reencarnar, ficamos na dependência de cérebro “zero-quilômetro, sem registros do pretérito. Algo semelhante ao que ocorre em relação às nossas atividades no plano espiritual, durante o sono.
É sempre assim? Há exceções, envolvendo pessoas dotadas de uma mediunidade especial, chamada onirofania, que permite o registro objetivo das experiências vividas no mundo espiritual durante as horas de sono. Exemplos típicos são os sonhos de José, pai de Jesus, que, em inúmeras oportunidades, foi orientado durante o sono por Gabriel, mentor espiritual de elevada hierarquia que o acompanhava. 
Pode não se cumprir um sonho profético? Sim, mesmo porque, não raro, sonhos premonitórios apenas exprimem uma fantasia relacionada com nossas preocupações. Um familiar viaja. Apreensivos, sonhamos com um acidente. A premonição pode apenas exprimir um aviso da Espiritualidade para que sejamos cuidadosos. É como se nossos mentores avisassem: “Há problemas na estrada. Seja prudente! Vá com cuidado.” 
Há premonições que não são meros avisos, mas a antecipação de algo que fatalmente ocorrerá? Sim, envolvendo situações difíceis, doenças, problemas e até a morte. Ex.: O presidente Lincoln sonhou que acordava em plena noite e, dirigindo-se ao salão principal da Casa Branca, notou que havia um velório. Perguntou a um soldado, que lhe respondeu que era do presidente, que fora assassinado. Comparecendo a um teatro, naquele mesmo dia, Lincoln foi morto num atentado. 

Há diversos estudos sobre os sonhos na parapsicologia, tentando desvendar esse enigma que nos afeta sempre que acordamos na intenção de decifrarmos algo que às vezes é um sinal, outras não passa de meras imagens sem significado. Antigamente, os sonhos eram considerados visões proféticas e reveladoras do futuro, onde homens entravam em contato com deuses e demônios. Muitas vezes, suas interpretações ligavam-se a superstições, numerologia, crendices, astrologia, entre outros.
Ainda hoje, pessoas aproveitam da ignorância dos homens sobre o assunto e ganham dinheiro fácil na interpretação dos sonhos de quem as procura com o intuito de decifrá-los. Assim, tornam-se vulneráveis nas mãos de gente insensata ou espíritos zombeteiros, levianos e obsessores. 

Portanto, NÓS ESPÍRITAS NÃO INTERPRETAMOS OU BUSCAMOS A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS. Mas, respeitamos aqueles que buscam e acreditam.