sábado, 17 de novembro de 2012

Òsún recorre a Ìyámí





Nos tempos antigos, pouco depois que Òlódùmàrè delegou a criação do mundo os Òrìsàs agbóros(masculinos), realizavam oferendas para o Senhor da Criação, com o intuito de intervir pelos seres humanos e manter o equilíbrio das forças da natureza. Mas não convidavam as mulheres, pois a cerimônia era proibida para o sexo feminino. Esta foi a razão pela qual Òsun revoltou-se contra os Òrìsà masculinos e reuniu todas as mulheres convencendo-as a tomarem uma atitude quanto a proibição dada pelos Òrìsà masculinos.

Òsun então se tornou Ìyálòdè (chefe de todas as mulheres) e, representando as mulheres, recorreu as Ìyamí Òsòròngá (Mães ancestrais), as detentoras do poder feminino. Entregando-lhes oferendas, Òsún pediu o auxilio das Ìyamí Àjé (Mãe feiticeira), que lançaram o àjé em todos os homens que, a partir de então, passaram a não mais defecar e urinar porque suas vísceras não funcionavam normalmente. Até os animais do sexo masculino foram atingidos. Homens e animais começaram a passar mal, pois eles comiam e bebiam, mas não podiam defecar e nem urinar. Esta situação durou sete dias...


Os seres do sexo masculino começaram a morrer, o que preocupou os Òrìsà, que resolveram consultar Òrúnmìlà (sacerdote supremo do oráculo de Ifá).

Então o Babaláwo Òrúnmìlà consultou o oraculo para responder a todos os Òrìsà, oportunidade na qual respondeu o odu Osé Ireté. Òrúnmìlà recomendou, então, que quando eles fossem realizar oferendas na mata sagrada deveriam convidar uma mulher que estava esperando um filho, está mulher era Òsun. E, se ela concordasse em acompanha-los, tudo voltaria ao normal, e todos ficariam curados daquele grande mal.

Seguindo a recomendação do Babaláwo, eles foram até Òsun, que estava se banhando na beira de um rio, e a convidaram para fazer parte das oferendas. Ela ouviu as suplicas dos Òrìsà masculinos e, mesmo com muita vontade de aceitar o convite, se negou a participar alegando que ela e todas as mulheres estavam cansadas de serem tratadas como escravas dos homens, ressaltando que a mulher participa da criação da vida e, por esta razão, tinham o direito de intervir e decidir por ela. Diante da negativa, imploraram a presença de Òsun. Vendo que todos os homens estavam passando muito mal, Òsun resolveu acompanhá-los nas oferendas, mas com uma condição: que todos os Òrìsà masculinos deveriam passar um pouco de seus poderes para a criança que ela estava esperando, e que deveriam rezar muito para a criança nascer do sexo masculino, pois, se a criança que estava dentro dela nascesse menina, os homens ficariam subalternos às mulheres.

Os Òrìsà masculinos ficaram preocupados, pois acreditavam que a condição imposta por Òsun poderia colocar em risco a existência e que, nada deste mundo, daria certo para todos os homens. Por outro lado pensavam que, se nada fizessem, todos os homens morreriam o que os obrigou a aceitar a imposição de Òsun para acompanhá-los até a mata sagrada. 

Sem saber como passar parte dos seus poderes para criança os Òrìsà voltaram a consultar Ifá, quando então respondeu o odu odiséséso (mensageiro do nascimento). Desta feita, o Babaláwo aconselhou que todos os Òrìsà fossem pela manhã à casa de Òsun e impusessem as mãos no ventre dela dizendo o seguinte: "que de mim passe para esta criança um pouco de meu poder". Deveriam fazer isto até que a criança viesse ao mundo para garantir que ela fosse do sexo masculino. Recomendou ainda que os homens deveriam aprender respeitar as mulheres.

Èsù, Ògún e todos os Òrìsà masculinos seguiram para casa de Òsun e fizeram o que lhes foi recomendado pelo Babaláwo até o dia do nascimento da criança. Imediatamente as funções intestinais, os rins, fígado, bexiga dos homens e animais do sexo masculino voltaram a funcionar. A partir dai as mulheres passaram a ser respeitadas e temidas como feiticeiras.

No dia do nascimento da criança todos Òrìsà masculinos ficaram em frente da casa de Òsun para saber qual seria o seu sexo. Esperaram por muito tempo até Osun aprensentá-la para o egbe (comunidade): era um menino, para alívio dos Òrìsà do sexo masculino.

Todos os Òrìsa cantaram e louvaram a existência e gritaram assim: urra to to to (estamos salvos). A partir deste dia os Òrìsà masculinos não faziam mais oferendas sem convidar e levar suas esposas e todas as mulheres.

O Babaláwo consultou mais uma vez Ifá e respondeu o odu oturá, nome que eles propuseram a criança. Levaram a proposta para Òsun, que não concordou e, se preparou para fazer imposições. Neste momento um pássaro pousou no fila (espécie de chapéu) que estava cobrindo a cabeça da criança e se curvou. 

Aquele sinal significou que a criança tinha o poder de apaziguar até as Ìyamí Àjé, razão pela qual, Òsun atendeu parcialmente a proposta dos Òrìsà e deu à criança o nome de Osé Otura: a criança tem o poder de todos Òrìsà. O garoto ficou conhecido como o décimo sétimo odu do jogo de búzios e, a partir de então, este odu passou a intermediar as mensagens e oferendas para todos os outros odu. Apenas ele tem o poder de entrar e sair do Orun, quando e como quiser, sem ser perseguido pelas Ìyamí Àjé.

Que Òsùmàrè Arákà esteja sempre olhando e abençoando todos!!!

Ilé Òsùmàrè Aràká Asè Ògòdó

Àbíkú – As Crianças que Nascem Para Morrer – Parte III


Uma antiga história de Ifá, narra que, podemos e devemos realizar oferendas para quebrar o pacto dos àbíkú, para que essas crianças permaneçam na terra. Ou seja, o Àbíkú antes de ter vindo ao Aye, diz que, se alguém conhecer suas proibições quando eles chegarem ao mundo, se alguém conhecer o nome das vestimentas que eles combinaram fazer, se sua mãe souber das coisas combinadas, eles ficariam perto dela. Desse modo, é papel da mãe procurar um Sacerdote sério, de conhecimento religioso acerca das particularidades que envolvem o mundo dos Àbíkú, de modo que oferendas sejam realizadas fazendo com que essas crianças permaneçam no Aye, não retornando ao Egbe Orun precocemente. Segue a história:

Mato pequeno, mato pequeno escuridão escura, quem conhece o trabalho da escuridão não procura atrapalhar a lua, Ifá foi consultado para Aláwaiyé que vem do céu ao mundo que leva 280 Àbíkú para a terra, quando Aláwaiyé chega, ele é o chefe dos Àbíkú no céu, ele chama então os Àbíkú para que venham.

Quando eles chegam na barreira do céu, cada um declara o tempo que vai ficar no mundo, um diz que, assim que ele tiver visto sua mãe, ele voltará, o outro que, no momento em que marcarem o dia do seu casamento, ele voltará.

Uma outra que, quando tiver posto um filho no mundo, ela voltará, outro diz que, quando tiver construído uma casa, ele voltará, outro diz que, quando seus pais conceberem de novo, ele voltará, um outro que, quando começar a andar, ele voltará.

Quando eles chegam, Aláwaiyé está no comando dos Àbíkú, quando eles chegam, vão primeiro a Awaiyé, eles dizem que farão, cada um, quatro vestimentas.

Eles dizem que, se alguém conhecer suas proibições quando eles chegarem ao mundo, se alguém conhecer o nome das vestimentas que eles combinaram fazer, eles dizem, se sua mãe soubesse das coisas combinadas.

Eles dizem, eles ficariam perto dela, eles dizem, se seu pai soubesse, eles ficariam perto dele, quando eles chegam a Alawaiyé, Alawaiyé firmemente os leva ao mundo, ele vai a primeira vez, ele se vai de novo, ele vai a segunda vez, ele se vai de novo, ele vai a quarta, quinta, sexta vez, quando chega a sétima vez, a gente de Alawaiyé vai consultar o babalawo.

Seu filho será capaz de não ir mais?

Se alguém dá nascimento a um Àbíkú, se ele quer prendê-lo de tal modo, que ele não queira mais partir de novo, que prepare a oferenda na floresta, lá eles oferecem tudo, dizem que o pai ou a mãe vá pendurá-la numa arvore na floresta dos Àbíkú.

Quando eles terminam de pendurar, dizem todos a suas mães e seus pais que façam uma cerimônia para eles, que dancem para eles, que batam tambores para eles, que preparem certas comidas.

Eles dizem, se quiserem fazer isso todos os anos, dizem que eles não partirão mais, quando eles voltarem, eles dançarão aqui e lá, terão tambores iyá dundún, Eles cantarão...

Eles dizem, se suas mães e seus pais fazem a cerimônia, eles dizem, "nenhum dos que são Àbíkú não os deixará no mundo", esperamos, uma vez mais, ter contribuído um pouco com o entendimento desse importante tema da nossa Religião.

Que Òsùmàrè Arákà esteja sempre olhando e abençoando todos!!!

Ilé Òsùmàrè Aràká Asè Ògòdó

O Sacrifício no Candomblé


Invariavelmente nossa Religião é atacada em razão do nosso dogma concernente ao sacrifício animal. Recentemente, houve um político de São Paulo, que aventou a possibilidade da proibição do ritual, taxando-nos como primitivos criminosos, que maltratam os animais de forma leviana, algo totalmente absurdo e desprovido de razão.

Posto isso, esse tema é muito importante, contudo, pouco abordado pelos Terreiros de Candomblé, razão pela qual vamos hoje, discorrer um pouco sobre esse assunto.

Sempre que esses ataques emergem em meio às comunidades sensacionalistas, o Candomblé é figurado como uma seita que realiza "matanças de animais em série", desenhando-nos de forma pejorativa e preconceituosa. Pior, ainda, quando discorrem que na nossa religião existe o sacrifício humano, UMA GRANDE MENTIRA, é salutar mencionar. Esses ataques inflamados, em sua maioria, surgem com o argumento da defesa dos animais, mas em verdade, escondem a incessante busca de "ditos" moralistas, em tentar aniquilar a maior herança que os africanos deixaram no Brasil, a sua Religião e costumes.

Primeiramente é importante frisar que o Candomblé não é uma seita, mas sim, uma Religião milenar, que carrega em sua herança ancestral a pujante força dos negros que, mesmo com tanto sofrimento decorrente da condição que lhes fora imposta (a escravidão), conseguiram perpetuar uma cultura, a dos Òrìsàs. Além disso, o que precisa ser lembrado e reforçado é que, no Candomblé, os Animais são Sagrados e respeitados.

Muitos acreditam que o Candomblé maltrata os animais, sacrificando-os em elevada escala, sem critérios e com requinte de crueldade. Conforme mencionado, para nós do Candomblé, todos os Animais são sagrados e, sim, há alguns que são ofertados aos nossos Deuses.

Entretanto, muito diferente do que a maioria pensa, os animais ofertadas aos nossos Deuses, não são maltratados e, sem dúvidas, sem os requintes de crueldade que acontecem em alta escala, por exemplo, nos grandes frigoríficos que comercializam a carne consumida pela grande maioria da população no País.

No Candomblé, para um animal ser ofertado, não é necessário somente o aceite do Òrìsà, mas também o aceite do próprio animal. Sobre isso, recordamos que, quando o animal se nega em ser ofertado, o Sacerdote respeita essa negativa, não realizando a oferta.

Àqueles que não pertencem ao nosso clero religioso, podem questionar: Mas como eles perguntam ao animal? Animal agora fala? Bom, eis uma das grandes diferenças do Candomblé em comparação as demais crenças. No Candomblé, nós acreditamos que podemos nos comunicar com os animais. Obviamente, em momento algum, esperamos que eles respondam por meio da verbalização, isso seria algo utópico, mas uma das etapas que antecedem a oferta é, justamente, saber se aquele animal aceita ser ofertado.

Não há como detalhar mais justamente por não podermos discorrer sobre algo que só é permitido aos iniciados. No entanto, essa etapa é de fundamental importância, sendo que, um dos objetivos da oferta, é que o animal leve aos Deuses, as mensagens das pessoas que estão lhe ofertando, bem como, agradecer aos Deuses, pelas graças alcançadas. Dessa forma, cremos que, quando o animal não aceita ser ofertado, ele também não aceitará mandar a mensagem, tornando a oferta inválida. Quando isso ocorre, o sacrifício não é realizado.

Ademais, é importante mencionar igualmente que, a oferta de animais não é realizada na escala que os ditos moralistas afirmam. Nos Terreiros de Candomblé, a grande maioria das oferendas condiz em grãos, folhas, frutos e diversos elementos do reino vegetal e mineral. Podemos afirmar que, o que mais ofertamos aos nossos Deuses é o Obì, fruto africano indispensável em nossas cerimônias. No entanto, as pessoas se apegam as falsas acusações inerentes ao sacrifício animal, para tentar alvejar uma cultura rica e tradicional, podendo assim expor seu preconceito sem que sejam taxados como intolerantes religiosos.

Algo que merece destaque especial é que, a carne oriunda desses animais é utilizada em regozijo pelo nosso povo, alimentando-nos, revitalizando-nos e tornando-nos mais próximos dos nossos Deuses, razão pela qual esses animais são ainda mais sagrados, sendo que, por meio deles, nós também sobrevivemos.

Não podemos olvidar que o sacrifício ocorre, mas não podemos em hipótese alguma, deixar que deturpem os nossos dogmas e costumes. Em muitas culturas religiosas existe o sacrifício animal, sendo que Candomblé é somente um delas e que talvez, o realize em menor proporção.

Mas por que, afinal, somente o Candomblé é alvejado no que tange essa questão? Aqui, há dois elementos que desencadeiam esse processo. O primeiro é o preconceito e intolerância que sempre existiram acerca do negro, dos seus costumes e, mormente da sua religião. Basta recordamos da Capoeira, que outrora era dita como contravenção de arruaceiros e tantos outros costumes trazidos da África para o Brasil. A segunda é de certa forma suscitada por alguns adeptos que, muitas vezes sem ter consciência da dimensão de suas ações e muitas vezes por inocência, publicam de forma recorrente nas redes sociais, fotos e vídeos com rituais de Orò.

Muitos podem acreditar que, a recomendação de não se publicar fotos e vídeos de Oròs, sugere que os "ditos" moralistas estejam corretos. Em verdade não! Mas, essas fotos e vídeos são, sobretudo, algo que jamais deveriam ter sido originadas, não pelo evento e pelas críticas que elas despertam na sociedade à margem de fora do Candomblé, mas sim, pelo fato desses rituais estarem enquadrados naquilo que chamamos de "Awo", ou seja, o mistério que só pode ser revelado aos iniciados.

Dessa forma, caso consigamos mitigar ao menos um dos processos que desencadeiam esse tipo de investida contra a nossa Religião, já estaríamos conquistando algo muito benéfico para a manutenção da nossa cultura. Dessa forma, torna-se necessária uma reflexão sobre o tema, que deve partir das lideranças, orientando os seus seguidores em como devemos nos salvaguardar.

Aproveitamos para agradecer as centenas de compartilhamentos e comentários que as postagens da nossa casa vêm recebendo. Isso motiva o Terreiro de Òsùmàrè, a continuar nesse trabalho de esclarecimento e fomento da Cultura que os Negros Africanos nos deixou como herança.

Que Òsùmàrè Arákà esteja sempre olhando e abençoando todos!!!

Ilé Òsùmàrè Aràká Asè Ògòdó

O Candomblé Não Pratica Sacrifício Humano!!!



Cada vez mais, nós do Terreiro de Òsùmàrè estamos tentando participar à Sociedade um pouco sobre os nossos verdadeiros costumes e, principalmente, desmentir as centenas de mitos fraudulentos que emergem, em que pessoas desconhecedoras dos nossos dogmas e, em sua grande maioria, envoltas de má fé, afirmam serem práticas e costumes do Candomblé.

Esses esclarecimentos se mostram essenciais, ao passo que ainda hoje, muita informação errônea é amplamente divulgada na mídia televisa/impressa, bem como, nas redes sociais. Nesse aspecto, a crença existente, de que Candomblé realiza sacrifício humano é, sem dúvidas, aquela que mais ofende a nossa fé, liturgia e princípios éticos e moral.

Esse tipo de agressão que sofremos é tão recorrente e antiga, que muitas vezes, não empregamos esforços que tenham como objetivo nos defender ou elucidar aquilo que de fato é ou não costume e prática ritualística do Candomblé. Sobre isso, é fundamental termos outra postura, não uma postura de aceitação, mas sim, a postura de inconformismo e indignação.

É fundamentalmente importante nos manifestarmos contrários a esse tipo de afirmativa, pois a nossa Religião, o Candomblé, não realiza sacrifício humano, como repisam alguns sensacionalistas que, em verdade, nada mais querem do que tentar a qualquer preço, fustigar-nos e manchar a nossa cultura...


Cada vez mais, nós do Terreiro de Òsùmàrè estamos tentando participar à Sociedade um pouco sobre os nossos verdadeiros costumes e, principalmente, desmentir as centenas de mitos fraudulentos que emergem, em que pessoas desconhecedoras dos nossos dogmas e, em sua grande maioria, envoltas de má fé, afirmam serem práticas e costumes do Candomblé.

Esses esclarecimentos se mostram essenciais, ao passo que ainda hoje, muita informação errônea é amplamente divulgada na mídia televisa/impressa, bem como, nas redes sociais. Nesse aspecto, a crença existente, de que Candomblé realiza sacrifício humano é, sem dúvidas, aquela que mais ofende a nossa fé, liturgia e princípios éticos e moral.

Esse tipo de agressão que sofremos é tão recorrente e antiga, que muitas vezes, não empregamos esforços que tenham como objetivo nos defender ou elucidar aquilo que de fato é ou não costume e prática ritualística do Candomblé. Sobre isso, é fundamental termos outra postura, não uma postura de aceitação, mas sim, a postura de inconformismo e indignação.

É fundamentalmente importante nos manifestarmos contrários a esse tipo de afirmativa, pois a nossa Religião, o Candomblé, não realiza sacrifício humano, como repisam alguns sensacionalistas que, em verdade, nada mais querem do que tentar a qualquer preço, fustigar-nos e manchar a nossa cultura.

Sempre que infelizmente ocorre o assassinato de uma pessoa, em que o mesmo acontece com requintes de crueldade, alguém levanta a mão para afirmar que se trata de rituais de magia negra, relacionando o assassinato ao Candomblé. A divulgação em corrente desse tipo de afirmativa, essencialmente ocorre por canais de televisão sensacionalistas, pela mídia impressa de reputação duvidosa e, sobretudo, por fanáticos religiosos de outros credos que, buscam de qualquer forma, praticar a intolerância em relação ao Candomblé.

Como exemplo, recordamos da mais recente investida nesse sentido, quando do assassinato de uma mulher, em Mairiporã - SP, num local chamado "Pedra da Macumba". À época, todo dia escutávamos na mídia que o assassinato havia ocorrido num ritual de Candomblé/Macumba, no qual "macumbeiros" haviam lhe arrancado os olhos e lhe desfigurado o rosto.

Entretanto, quando um casal testemunhou terem visto cachorros atacando a senhora morta (razão da desfiguração), a mesma mídia em momento algum fez a ampla divulgação, desmentindo as notícias dadas anteriormente.

É preciso ser dito: O Candomblé é peremptoriamente contra o sacrifício humano e isso precisa ser amplamente participado. Além disso, alguns pontos também precisam ser destacados:

O Candomblé Não Realiza Sacrifício Humano!!!

O Candomblé Não é Magia Negra!!!

O Candomblé Não Pratica o Mal!!!

O Candomblé Não é Macumba!!!

Nós do Candomblé devemos repudiar esse tipo de acusação torpe, de pessoas insanas que desprovidas de qualquer conhecimento acerca do nosso credo, afirmam que praticamos o sacrifício humano, isso é um total absurdo.

Outra acusação da qual somos alvos constantes é a afirmação de que o Candomblé é, em verdade, uma seita de magia negra e que pratica o mal.

Cada um de nós, temos um papel muito importante na disseminação dessa informação. Cada vez mais, precisamos esclarecer a nossa família, amigos, trabalho que NÓS NÃO REALIZAMOS SACRIFÍCIOS HUMANOS, NÓS NÃO MATAMOS CRIANÇAS, CANDOMBLÉ NÃO É MAGIA NEGRA, CANDOMBLÉ NÃO É MACUMBA!!!.

As pessoas precisam entender e compreender quão bela é a nossa Religião. As pessoas precisam saber que lutamos pela preservação da natureza. As pessoas precisam saber que nós ajudamos o próximo. As pessoas precisam saber que o Candomblé também realiza projetos e ações sociais. As pessoas precisam entender que Candomblé não é magia negra e não realiza sacrifício humano.

Respeitem a nossa Religião!!!

Que Òsùmàrè Arákà esteja sempre olhando e abençoando todos!!!

Ilé Òsùmàrè Aràká Asè Ògòdó