quarta-feira, 6 de junho de 2012

CURSO "PREPARANDO-SE PARA O TERCEIRO MILÊNIO"1º módulo: Introdução ao estudo das obras de Ramatís

FRATERNIDADE RAMATÍS DE CURITIBA 
CURSO "PREPARANDO-SE PARA O TERCEIRO MILÊNIO"1º módulo: Introdução ao estudo das obras de Ramatís 

A MEDIUNIDADE NATURAL E A DE PROVA

O médium natural é aquele cuja faculdade é aquisição decorrente de sua maturidadeespiritual 

Já o médium de "prova" é agraciado imaturamente com a faculdade mediúnica,destinada a lhe proporcionar o resgate de suas próprias dívidas cármicas. 

O médium natural assemelha-se ao músico ou pintor já nascido com o "dom" espontâneopara exercer sua arte, à qual ele se entrega com facilidade e prazer. Já o médium deprova compara-se ao aluno que está sendo obrigado a estudar uma ciência ou arte para aqual ainda não apresenta qualidades espontâneas; então, precisa esforçar-seheroicamente para consegui-las, sob um longo treino, exercido entre vacilações, malogrose decepções.

Quando se distingue o médium natural do médium de prova, deseja-se apenas destacar aquele que é um instrumento espontâneo e superior da realidade espiritual, daquele querenasce na Terra onerado por uma obrigação de ordem cármica.Enquanto o médium em prova assemelha-se à lâmpada de vidro colorido, que dá a luzque ele filtra com a cor de que também é constituída, o médium natural lembra um focoluminoso cristalino, que irradia sempre a luz em sua pureza original.

O médium natural, o instintivo puro , que já possui o tesouro espiritual da intuição angélica, é aquele que mais recebe por mérito de sua maturidade e a "quem muito se pedirá", masao médium de prova, embora seja pobre espiritualmente, "maiores contas lhe serãotomadas", pois também "mais coisas lhe são conferidas" no serviço mediúnico, pararessarcir os seus pecados pregressos.

O que o médium natural alcança por via intuitiva, como decorrência espontânea de suaprópria sutilidade psíquica, e sem necessidade de quaisquer esforços ou adaptações forado tempo, o médium de prova, sem a linhagem superior para se situar espontaneamentenas faixas vibratórias das esferas crísticas, vê-se obrigado ao desenvolvimentoespinhoso, graduando-se através de treino exaustivo com os desencarnados imperfeitos,enfrentando as mais desanimadoras decepções psíquicas.Em face de a mediunidade ser manifestação natural do próprio espírito do homem, deve-se considerar, sem qualquer exceção, que 
todas as criaturas são médiuns, porque transmitem para o ambiente da matéria os mais variados tons de seu espírito , assimcomo o homem sempre influencia os seus demais companheiros pelos seuspensamentos, atos e sentimentos.

Há homens que, devido ao seu espírito prenhe de otimismo, incessantemente afeito aoBem, são médiuns da alegria, da esperança, do ânimo e da confiança, sempre convictosdos elevados objetivos espirituais da vida humana.

Mediunidade natural e a de prova outros, pessimistas inveterados, vertem constantemente de sua intimidade psíquica o mau humor que tolda o azul do céu mais puro da jovialidade alheia, e se transformam indesejavelmente nos médiuns da melancolia, da tristeza, da descrença, da aflição e do desânimo. 

A mente do homem encarnado é o campo que reflete a sua vida interior, assim como transfere para o mundo exterior tanto o seu comportamento anímico quanto os pensamentos dos espíritos encarnados ou desencarnados dos mais variados matizes, que o influenciam em suas relações cotidianas. 

Não há duvida, pois, de que todas as criaturas são médiuns, pois a mediunidade não é faculdade adstrita somente a alguns seres, ou exclusivamente aos espíritas, mas todos os homens, como espíritos encarnados na matéria, são intermediários das boas ou más inspirações do Além.É evidente, entretanto, que a faculdade mediúnica se manifesta de conformidade com o entendimento e o progresso espiritual de cada criatura. 

Em geral, as criaturas humanas ignoram ou não a sua faculdade mediúnica, porquanto,sendo esta fruto da sensibilidade psíquica, nem todos têm noção de quando participam dos fenômenos do mundo oculto, e assim, os confundem facilmente, tomando-os como se fossem manifestações comuns da vida física.Mesmo os homens que se dizem ateus, ou são descrentes da imortalidade da sua própria alma, nem por isso estão isentos da mediunidade, pois eles também podem ser instrumentos inconscientes de inúmeras ações, fenômenos e inspirações dos desencarnados. 

1. MEDIUNIDADE NATURAL 

Os médiuns naturais são aqueles que já gozam de sensibilidade psíquica avançada, cuja mediunidade é fruto exclusivo do seu aprimoramento espiritual. 

São espíritos que já atingiram um alto nível moral e que, portanto, integraram-se à vida psíquica superior e que, quando encarnados, são mais sensíveis aos fenômenos do mundo oculto, embora isto não aconteça de modo ostensivo, mas apenas através da intuição pura. 

A sua faculdade mediúnica é o sagrado coroamento do seu próprio aperfeiçoamento espiritual, em vez de uma "concessão extemporânea".São criaturas que se transformaram em centros receptivos das manifestações incomuns que transcendem os sentidos físicos; sua alta sensibilidade, fruto de avançado grau espiritual, afina-se incessantemente com os valores psíquicos do melhor quilate.

Mediunidade natural e a de prova facultando-lhes não só o conhecimento instantâneo dos acontecimentos presentes, como ainda as revelações mais importantes do futuro.

O abençoado dom da Intuição Pura foi a faculdade iniciática que serviu para que grandes espíritos que passaram pelo mundo terreno, como Buda e Jesus, entre outros, lideras semadmiráveis transformações no espírito do homem. 

Eles tanto aferiram os fenômenos imediatos do mundo invisível, como ainda descortinaram amplamente a síntese dos acontecimentos futuros mais importantes da Terra.

O médium espontâneo e natural, em conseqüência da graduação moral e grau superior do seu espírito, dispensa qualquer treinamento ou intervenção técnica para relacionar-se com o mundo oculto, pois o consegue unicamente através de sua alta sensibilidade intuitiva. 

Embora a maior parte dos médiuns naturais não guarde a consciência nítida e completa de grande parte dos acontecimentos sublimes de que são intermediários, eles se constituem nas antenas vivas avançadas que, sob a inspiração dos espíritos angélicos, fluem para a superfície da matéria as mais confortadoras esperanças e as mais importantes revelações. 

Instrumentos exclusivos do Bem, eles distribuem orientações benfeitoras, advertências justas e incentivam todos os bons propósitos de vida.No âmago de suas almas, a "Voz Silenciosa" do Senhor os anima, orienta e revela sua obra, tal como faz a todos os seres; no entanto, só os puros intuitivos é que realmente O sentem em sua plenitude divina.

Embora esses seres não necessitem participar obrigatoriamente, e a horas certas, dos serviços mediúnicos tradicionais e oficializados na matéria, pois a sua natureza elevada os dispensa do peculiar desenvolvimento torturado da maioria dos médiuns em prova, e sob a atuação dos espíritos imperfeitos, eles são sempre os melhores intérpretes da verdadeira vida imortal.

Eles focalizam, numa visão global e fecunda, todas as manifestações gloriosas e concernentes à Criação, que restitui à humanidade as parcelas de fé destruídas pelos maus escritores, filósofos ou líderes religiosos ignorantes.

1.1 MÉDIUM INTUITIVO NATURAL

A mediunidade "natural", faculdade espontânea e intrínseca do espírito já sublimado, isto é, uma decorrência ou corolário do seu próprio grau espiritual, manifesta-se-lhe geralmente pela via intuitiva. 

Aquele que usufrui da Intuição Pura, como percepção angélica, fruto abençoado de milênios de sacrifícios, renúncias e renovação moral na escalonada espiritual, apresenta as seguintes características: 

• põe-se facilmente em contato com a Consciência Crística do Criador, pois já vive em sua intimidade o estado de paz e euforia das almas santificadas; 

• não está sujeito a sofrer alterações que o contradigam espiritualmente na sua faixa vibratória já alcançada;

• é imune às influências menos dignas, pois não vibra com as modulações inferiores dosvícios, das paixões ou das seduções da matéria;

• não se dessintoniza com o Comando Angélico do orbe; sua alma filtra os pensamentose as revelações angélicas, assim como a lâmina diamantífera fulge à luz suave do Sol,sem se ofuscar o seu brilho natural;

• não exige que os altos dignatários da Vida Oculta desçam vibratoriamente até suaorganização humana para efetuar o serviço mediúnico, uma vez que ele se encontraligado permanentemente à fonte angélica e representa na Terra o seu prolongamentovivo;

• nunca apresenta contradições em sua mediunidade, a qual é somente a emanação desua própria graduação espiritual, dado que não há retrogradação na intimidade doespírito; a faculdade mediúnica é intrínseca à sua própria índole superior, não podendopoluir-se com as imperfeições do meio em que vive, porque não há decadência em seunível superior já consolidado;

• não pode causar nenhuma decepção às almas que o inspiram pela "via interior" e oinduzem a elevar o seu padrão espiritual do mundo físico, não estando, portanto,sujeito às frustrações muito comuns no intercâmbio mediúnico dos espíritos benfeitorespara com a Terra, como costuma acontecer com os médiuns "de prova".

• jamais precisa ser atuado para agir corretamente, uma vez que permanececontinuamente ligado ao pensamento crístico da vida sublime e, em qualquer momento, constitui-se na sentinela avançada do Alto sobre a Terra;

• quando pensa, deseja e age, ainda reproduz vivamente o alto grau da mensagemangélica porque, sendo íntegro no trato evangélico com todos os seres, em seus atosreflete sempre a vontade definitiva do Criador!Assim o foram Francisco de Assis, Antônio de Pádua, Krishna, Tereza de Jesus (Terezad'Ávila), Pitágoras, Buda, Jesus de Nazaré, e muitos outros anônimos que o mundodesconhece, pela sua grande renúncia e humildade!

O médium natural é o cidadão sideral que desceu de sua moradia sublime,mas sem se desligar do Plano Divino, cuja mente vibra sempre à distânciade qualquer pensamento ou resíduo moral menos digno.

FALANDO SOBRE MEDIUNIDADE - PARTE 17

Curso Básico sobre Mediunidade 
União Espírita Mineira

II - Natureza da Mediunidade 

1 - INTRODUÇÃO: 

“Todos os homens são médiuns, todos tem um espírito que os dirige para o bem, quando sabem escutá-los” (1) 

“Organizamos turmas compactas de aprendizes para a reencarnação. Médiuns e doutrinadores saem daqui às centenas, anualmente”.(2) 

“Ninguém pode avançar livremente para o amanhã sem solver os compromissos de ontem. Por este motivo, Pedro traz consigo aflitiva mediunidade de provação. É da Lei que ninguém se emancipe sem pagar o que deve”.(3) 

2 - CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A NATUREZA: 

Fácil observar-se que a mediunidade, embora una em sua essência (faculdade que permite ao homem encarnado entrar em relação com os espíritos), não o é quanto a sua natureza, ou razão de ser; variando de indivíduo para indivíduo. 

Assim, destacamos: 

MEDIUNIDADE PRÓPRIA OU NATURAL - Edgard Armond a define: “À medida que evolui e se moraliza, o indivíduo adquire faculdade psíquica e aumenta conseqüentemente sua percepção espiritual. A isso denominamos mediunidade natural. (4)”. 

MEDIUNIDADE DE PROVA OU TRABALHO - Faculdade oferecida ao indivíduo, em caráter precário, como uma tarefa a desenvolver, quando encarnado, com vistas à sua melhoria espiritual e a de seus semelhantes. 

Preparado adredemente no plano espiritual, o médium, ao reencarnar tem, no exercício mediúnico, abençoada oportunidade de trabalho. 

MEDIUNIDADE DE EXPIAÇÃO - Há determinadas pessoas compromissadas grandemente em virtude do mau uso de seu livre-arbítrio anterior (em passadas existências), a sensibilidade psíquica aguçada é imposta ao médium como oportunidade para ressarcimento de seus atos menos felizes do pretérito com vistas à sua libertação futura. 

Esta mediunidade se manifesta à revelia da criatura e comumente lhe causa sofrimentos aos quais não se pode furtar. 

A sua forma de manifestação mais comum é a obsessão que pode atingir até o estagio de subjugação. 

MÉDIUNS MISSIONÁRIOS - Convém lembrar que, além dos aspectos acima referidos, excepcionalmente podemos encontrar médiuns que são verdadeiramente missionários do plano espiritual, entre os homens, os quais, pelos seus elevados dotes morais e espirituais, se tornam, a título de testemunho, em instrumentos da vontade Divina, em favor da humanidade. 

3 - ASPECTOS DA MEDIUNIDADE PRÓPRIA OU NATURAL:

A sensibilidade mediúnica oriunda do trabalho perseverante do espírito é resultado de seu próprio esforço. 

Como toda conquista espiritual, demanda perseverança e seu aperfeiçoamento se faz através das reencarnações, seguidas de idêntico empenho no plano espiritual. 

Conquistada essa sensibilidade, transforma-se num atributo do espírito - patrimônio intransferível de sua individualidade. 

Isenta dos percalços naturais, inerentes às provas e expiações, a sensibilidade psíquica conquistada é de caráter definitivo.O seu exercício não acarreta sofrimentos e permite o intercâmbio espontâneo com as entidades espirituais, sem necessidade do trabalho mediúnico de caráter obrigatório. 

Por estar ao alcance de todos, paulatinamente, caminhamos para a conquista deste atributo, através do qual contaremos com maiores recursos de identificação com o plano espiritual. 

A expressão fenomênica característica das demais manifestações mediúnicas cede lugar a INTUIÇÃO pura e simples e as incursões da alma no plano extra-físico. A sua característica principal é, portanto, a INTUIÇÃO.


4 - ASPECTOS DA MEDIUNIDADE DE PROVA OU TRABALHO: 

A sensibilidade mediúnica é concedida como uma oportunidade de trabalho para a criatura. 

Conferida em caráter transitório, por empréstimo, segundo programação no plano espiritual, antes do reencarne do médium, pode ser suspensa por iniciativa da própria espiritualidade, consoante o uso que dela fizer. 

Seu despertar é quase sempre cercado de recursos alertadores, com vistas à segura orientação do médium. 

Respeitado o livre-arbítrio do médium, este pode ou não atender ao compromisso assumido na espiritualidade. Dispondo-se ao exercício mediúnico, além do aprendizado natural e excelente oportunidade de serviço, conta o médium com possibilidades de reajustar-se frente aos problemas de seu passado. Recusando-se ao trabalho, no entanto, normalmente, retorna ao plano espiritual mais compromissado, em virtude do menosprezo da oportunidade que lhe foi concedida. 

5 - ASPECTOS DA MEDIUNIDADE DE EXPIAÇÃO:

A sensibilidade mediúnica é imposta ao médium para reajustes necessários, determinados pelos seus atos menos dignos do passado de culpas.Manifesta-se independente da vontade atual do médium e muitas vezes à sua própria revelia. Pelo seu caráter expiatório, pode cercar-se de determinados sofrimentos físico-psíquicos, que serão amenizados, ou mesmo eliminados pela perseverança do seu portador no trabalho mediúnico, dentro da seara cristã. 

Independente de qualquer iniciativa visando ao seu desenvolvimento, a mediunidade surge, nem sempre branda, às vezes, violentamente, surpreendendo o próprio médium e aqueles que o cercam. 

Tão logo surja esta manifestação, deve o médium ingressar numa reunião de EDUCAÇÃO MEDIÚNICA para melhor capacitar-se no devido controle de suas faculdades, com vistas ao seu exercício cristão. 

Comumente manifesta-se sob o aspecto de obsessão e, se o médium não busca os recursos evangélico-doutrinários indispensáveis a sua auto-educação, pode cair nas tramas da subjugação . 

6 - REFERÊNCIAS: 

(1) “O Livro dos Médiuns” - FEB - 29ª edição - Rio de Janeiro 

(2) “Os Mensageiros” - FEB - 4ª edição - Rio de Janeiro. 

(3) “Nos Domínios da Mediunidade” - FEB - 2ª edição - Rio de Janeiro. 

(4) “Mediunidade” - LAKE - 9ª edição - São Paulo.